São Paulo, quinta-feira, 7 de março de 1996
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Patriarca queria ser presidente

DO BANCO DE DADOS

José de Magalhães Pinto foi deputado federal, governador de Minas Gerais, ministro, senador, mas nunca alcançou um de seus projetos mais ambiciosos: chegar à Presidência da República.
Em 1977, Magalhães Pinto declarou que gostaria que seu nome fosse cogitado para suceder o general Ernesto Geisel, mas acabou perdendo a indicação para o general João Baptista Figueiredo.
Magalhães Pinto foi um dos ministros que assinaram o Ato Institucional nº 5, em 1968, que decretou o recesso do Congresso Nacional e cassou direitos políticos.
À frente do Ministério das Relações Exteriores, foi responsável em 1975 pelo lançamento das bases do acordo nuclear Brasil-Alemanha.
Nascido a 28 de junho de 1909 na cidade mineira de Santo Antônio do Monte, Magalhães Pinto casou-se com Berenice Catão, com quem teve seis filhos.
Formou-se em direito. Aos 17 anos, ocupou o cargo de escriturário no Banco Hipotecário e Agrícola de Minas Gerais.
Em 1943, Magalhães Pinto foi um dos signatários do "Manifesto dos Mineiros", com críticas ao Estado Novo, regime implantado por Getúlio Vargas em 1937.
A divulgação do documento levou ao seu afastamento da direção do Banco da Lavoura. Fundou, em maio de 1944, o Banco Nacional.
Magalhães Pinto foi um dos fundadores, em 1945, da UDN (União Democrática Nacional), partido pelo qual elegeu-se, no mesmo ano, deputado federal.
Em 1947, Magalhães Pinto assumiu o seu primeiro cargo público em Minas como secretário de Finanças do governo Milton Campos. Em 1950, voltou à Câmara, onde ficou até 1960.
Nesse ano, se elegeu governador de Minas, depois de uma disputa acirrada com Tancredo Neves (1910-1985), do PSD.
Foi considerado o líder civil do movimento militar que conduziu à derrubada do governo Goulart.
Em novembro de 1966, Magalhães Pinto foi eleito deputado federal pela Arena. Ficou no cargo até março de 1967, quando assumiu o cargo de chanceler.
Em 1970, foi eleito senador.
Com o fim do bipartidarismo, em 1979, liderou junto com Tancredo Neves a fundação do PP, sendo seu presidente de honra. Depois, juntou-se ao PDS. Em 1985, Magalhães Pinto sofreu um derrame, afastando-se da vida política.

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