São Paulo, sexta-feira, 8 de março de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Estrelas

JUCA KFOURI

No Dia da Mulher, uma previsão que se mistura com o desejo: se jamais uma brasileira subiu ao pódio em cem anos de Jogos Olímpicos, Atlanta tem tudo para ser o palco da quebra do tabu.
Tanto o vôlei quanto o basquete feminino têm condições de voltar com medalhas no peito. Principalmente se a rainha Hortência, Magic Paula e Ana Moser lá estiverem.
*
O brilho da estrela de Zagallo ofuscou a do craque Ortega, o 10 argentino que honra as melhores tradições do futebol sul-americano.
Mas o gol de Beto foi daqueles de calar estádios hostis, arrebentar os nervos de defesas confusas e acordar ataques inoperantes.
Mar del Plata nos deu o direito de sonhar com o ouro, principalmente porque há de ter reforçado na cabeça de Zagallo a necessidade de outra dupla de zagueiros e de goleadores que não se assustem com o tamanho dos goleiros.
*
Na constelação do Parque Antarctica, é difícil definir que estrela brilha mais.
*
Já no Parque São Jorge só uma reluz, com 12 gols, a metade dos tentos marcados pelo Corinthians, além de cinco assistências. Marcelinho fez chover e reclamou da lama.
Com toda a razão.
*
Tostão pede um psicólogo para a seleção brasileira. Ele acha que Souza, por exemplo, teria muito a ganhar.
O Cruzeiro tratou de contratar um, sinal de inteligência.
E o Santos de Giovanni, uma estrela cadente e à beira de um ataque de nervos, precisa de um SOS terapêutico.
*
O Botafogo segue sua sina, em 1996, de só vencer times do Rio de Janeiro.
Depois de esbarrar no Porto, campeão português; no Atlético-PR, campeão brasileiro da segunda divisão; no São Paulo, quando levou sete; no combinado Nacional/Fast de Manaus e no Goiás, agora foi a vez de o campeão brasileiro e carioca perder para o campeão do Piauí na Copa do Brasil: a Associação Atlética Cori-Sabbá, foi fundada em 1973 e é patrocinada pela Prefeitura de Floriano, a 253 km da capital Teresina.
É também alvinegra como outro Cori que o Botafogo pega na Libertadores, o Corinthians. Será a prova de fogo para a "Estrela Solitária".
*
Milton Leite, narrador da ESPN/Brasil, estrela que sobe.

Texto Anterior: US$ 120 mi a Tyson; Foreman é o próximo; Homenagem a Éder; Mais boxe na TV; Começa a "guerra"
Próximo Texto: Corinthians teme ausência de Marcelinho no clássico
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.