São Paulo, sexta-feira, 8 de março de 1996 |
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Março é mês especial para o automobilismo
GIL DE FERRAN
São perguntas que mostram o interesse que essas duas categorias estão conseguindo junto do público. Mas acho que boa parte das pessoas não está conseguindo aproveitar esse grande momento que o Brasil deve atravessar no mês de março: simplesmente o que há de melhor no automobilismo mundial, os principais pilotos, as maiores personalidades, os carros mais velozes e desafiadores. Enfim, tudo o que um fã pode sonhar estará desfilando no Brasil num intervalo de apenas duas semanas! Comparações são salutares, mas, neste caso, acho que o mais importante é não se desviar do principal, que é o fator esportivo. E, nesse aspecto, estamos falando do máximo que o automobilismo pode oferecer. Antes, o Brasil era praticamente um feldo da F-1. A partir do dia 17 de março, também estaremos definitivamente inseridos no universo da Indy. Diante desse novo e animador status do Brasil no cenário do esporte mundial, acho que, atualmente, estamos entre os países mais privilegiados e -pode até ser surpresa para muitos- importantes da atualidade. As evidências são muitas. Primeiramente, basta citar que nem a Inglaterra -cantada em prosa e verso como o principal centro do automobilismo mundial, fato que a cada dia que passa é mais discutível, a meu modo de ver- tem corridas das duas categorias. Os EUA -que vêm crescendo muito na briga pela hegemonia do esporte por ser praticamente o país-sede da Indy- também não. Nós temos... Além disso, a quantidade de pilotos brasileiros nas duas categorias é um aspecto evidente. São oito na Indy, mais três na F-1 -ou quatro, se o Tarso Marques conseguir fechar acordo com a Minardi. Resumindo: das pouco mais de 25 equipes que competem nas duas categorias, os brasileiros estão presentes em praticamente a metade. Não sou um especialista nesses números, mas arrisco dizer que se trata de um recorde - afinal, não tenho notícias de que outro país tenha tido tanta influência simultânea nas duas categorias. Junto com esses pilotos, estão empresas brasileiras altamente competentes e claramente atraídas pela enormidade de oportunidades promocionais que o automobilismo internacional proporciona. Como eu disse antes, o público brasileiro atualmente é privilegiado. Ver as duas principais categoria do mundo não é para qualquer um. Acho mesmo que a gente deve até deixar a rivalidade entre a F-1 e a Indy para lá. Texto Anterior: Marcelinho critica clube Próximo Texto: Anteontem Índice |
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