São Paulo, sexta-feira, 8 de março de 1996
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Sobrevivente de ataque teme realizar novas missões aéreas

ROGÉRIO ASSIS
ENVIADO ESPECIAL A MIAMI

O cubano naturalizado americano Arnaldo Iglesias, 57, piloto da Irmãos para o Resgate teme voltar a voar pelo grupo.
Ele e o presidente da organização, José Basulto, sobreviveram ao ataque da Força Aérea cubana contra aviões do grupo no mês passado. Na operação, quatro amigos de Iglesias morreram.
"Como qualquer ser humano normal, tenho medo de voltar ao vôos pela Irmãos", disse em entrevista à Folha.
Ele espera superar esse temor logo para voltar a voar.
A Irmãos para o Resgate é uma organização internacional que tenta "salvar" cubanos que fogem da ilha em balsas.
Além de cubanos, há pilotos argentinos, peruanos, norte-americanos, russos, nicaraguenses, franceses e panamenhos.
Segundo Iglesias, o grupo realizava uma missão normal no dia do incidente. A tripulação dos três aviões avisou a torre de controle de Havana que estaria entrando em seu espaço aéreo. "E como sempre eles nos mandaram voltar ao paralelo 24ø."
"Minutos depois tentamos contato com os outros dois aviões sem sucesso. Foi então que vimos os dois MiGs."
Neste momento, os dois pilotos pensaram no pior e voltaram ao paralelo 24º para relatar o ocorrido à torre de Miami.
O piloto disse que o grupo pretende retornar em breve às missões de rotina e acrescentou que não há nenhum planejamento nessas operações. "Quem faz planos é Fidel Castro, que premeditou este ataque para intimidar o povo cubano", disse.

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