São Paulo, sábado, 9 de março de 1996
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Quem gasta menos luz tem aumento maior

ALEX RIBEIRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os clientes de baixo consumo são os mais atingidos com os aumentos autorizados nas contas de energia elétrica pelo governo federal, desde a implantação Real.
Quem gasta até 30 kWh por mês já sofreu aumento de 100,2%, em São Paulo, até fevereiro.
Esse percentual subirá para 472,1%, caso seja aceita a proposta feita pela Eletropaulo.
Um cliente que gasta 1.000 kWh/mês teve aumento de 12,88% no período. A proposta não prevê novo reajuste para essa faixa.
O DNAEE e o Ministério da Fazenda estudam novas reduções de subsídios para energia. Proposta da Eletropaulo prevê fim de subsídios para famílias que ganham mais de três salários mínimos, consomem mais de 170 kWh/mês e com casas de mais de 72 m2.
Os aumentos devem entrar em vigor a partir de abril. Segundo a Folha apurou, a área econômica preocupa-se em minimizar os impactos nos índices de inflação.
A proposta representa aumentos nas tarifas de 51,58% a 185,71%. Isso porque alguns consumidores recebem até 65% de subsídio.
Ontem, o diretor do DNAEE, José Said de Brito, divulgou nota na qual diz que "não está desenvolvendo nenhum estudo com vistas a reajustes nas tarifas públicas de energia elétrica".
Anteontem, Brito confirmou os estudos à Folha: "Se os estudos já estivessem prontos, essas mudanças já poderiam ter sido feitas".
A Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda também divulgou nota em que afirma que "não há nada em estudo a propósito de aumento nas tarifas residenciais". Segundo a Folha apurou, na semana passada houve reunião de estudo sobre o assunto com técnicos da Fazenda.

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