São Paulo, domingo, 10 de março de 1996 |
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Corinthians adota 'divisão de tarefas' Equipe preocupa-se com ausência de Marcelinho JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
O zagueiro Célio Silva e o atacante Edmundo serão os cobradores de faltas, Tupãzinho irá bater os escanteios, e Souza será o responsável pelos lançamentos. "Ele é genial e fará muita falta", disse Edmundo. "Eu e o Célio vamos bater as faltas contra o São Paulo. Tenho experiência, porque, quando o Evair saiu do Palmeiras, era eu quem fazia as cobranças." Para o meia Tupãzinho, a solução é superar a ausência de Marcelinho "com muita disposição". "O Marcelinho faz falta, mas, se cada um der um pouco mais de si, o Corinthians pode sair de Ribeirão com a vitória." Além da ausência de Marcelinho, o volante Zé Elias também não joga, já que recebeu o terceiro cartão amarelo. No meio-campo, Marcelinho Souza, que disputou o Pré-Olímpico com a seleção brasileira, deve jogar ao lado de Bernardo. O técnico Eduardo Amorim, porém, ainda não decidiu se escala Marcelinho Souza ou se mantém Júlio César na equipe. "Não reclamo posição no time. O Eduardo coloca quem ele quiser", afirmou o volante. "Estive na seleção porque trabalhei bem. Sempre me mostrei um bom profissional e vou continuar assim." O jogador já avisou, no entanto, que tem convite de outro time. "Tenho que fazer o que for melhor para mim profissionalmente. Não reclamo, mas também não sou acomodado. Quero jogar, claro. No Corinthians ou, se for o caso, em algum outro time." O meia Souza, outro que voltou da seleção, é presença confirmada, mas o zagueiro Alexandre Lopes deve ficar no banco. Como a dupla de zaga formada por Célio Silva e Henrique falhou em algumas partidas, é possível que, no decorrer da competição, Alexandre Lopes vire titular. Os corintianos consideram o clássico de hoje importante para arrefecer a crise que tomou conta da equipe nos últimos 15 dias. "Futebol é resultado", disse o atacante Leonardo. "Vencer o São Paulo acalma tudo." O relacionamento do técnico Eduardo Amorim com a diretoria ficou abalado com o suposto convite do dirigente José Mansur a Luiz Felipe, do Grêmio, para comandar a equipe em 96. As críticas de Edmundo e Marcelinho à desorganização nas viagens do Corinthians também ajudaram a estremecer o relacionamento com a diretoria. Em reunião com os jogadores, Mansur, que ocupa a vice-presidência de futebol, proibiu os atletas de levarem problemas internos do clube à imprensa. Conforme a Folha adiantara, jogadores expulsos não devem mais ser multados. A intenção da diretoria é transferir a responsabilidade pelo casos de indisciplina em campo para a comissão técnica. Contrariando a vontade dos jogadores, que tinham pedido para disputarem os jogos da Taça Libertadores em São Paulo, o Corinthians pretende transferir alguns jogos para o interior do Estado. O clube confirmou que vai enfrentar Universidad Católica em Ribeirão Preto. O jogo contra o Universidad do Chile deve ser em Presidente Prudente. Outra reclamação dos jogadores, o protesto contra o péssimo estado do gramado do Parque São Jorge, também não deve ser atendida. "Não é culpa nossa. O problema é que não pára de chover", afirmou Mário Travaglini, supervisor de futebol. "E daqui para a frente, mal vai dar para treinar. É jogo quase todo dia." Na quarta, o time pega o Botafogo (RJ). Na sexta, a Portuguesa. E no domingo, a Ferroviária. NA TV - TVA/ESPN Brasil, ao vivo, às 16h Texto Anterior: PM reforça segurança e espera 20 mil torcedores Próximo Texto: Wilson ganha nova função Índice |
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