São Paulo, domingo, 10 de março de 1996 |
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Célio Silva renega 'fama'
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
Com a ausência de Marcelinho, será ele o cobrador de faltas da equipe. A partida contra o São Paulo é a chance de o jogador se livrar do estigma que carrega: o de ser o "artilheiro às avessas" do campeonato. Contra o América e o Palmeiras, Célio Silva marcou contra. (JCA) * Folha - Depois da derrota para o Palmeiras, você e o Ronaldo discutiram feio. Como está o relacionamento de vocês? Célio Silva - Como sempre foi. Na minha opinião, discutir faz parte do jogo. Antes discutir do que aceitar passivamente a derrota. Folha - O Ronaldo reclama demais? Célio Silva - Às vezes, sim. Ele tem que entender que pode jogar a torcida contra qualquer um de nós. Isso não é bom. Folha - Sem o Marcelinho, você deverá cobrar as faltas que surgirem. Na goleada contra o Novorizontino, seus chutes de longe foram perigosos. Dá para prometer um gol? Célio Silva - Dá para repetir a atuação contra o Novorizontino. Meu estilo é diferente do do Marcelinho. Eu chuto forte. Contra o São Paulo, acho que vou revezar nas cobranças com o Edmundo e posso marcar um gol. Folha - E os gols contra? Célio silva - São parte do jogo. Qual o goleiro que nunca tomou frango? Ou atacante que não perdeu pênalti? É a mesma coisa com a zaga. Fazer gol contra faz parte do jogo. O errado é pegarem no seu pé só por você ter errado uma vez. E errado tentando acertar. Folha - Na chegada aos treinos do Corinthians, você contrasta com muitos jogadores. A maioria chega de carro importado, mas você anda de Fusca. Algum motivo especial? Célio Silva - Não. Eu chego num Fusquinha superincrementado, de vidro fumê. Não ligo para marcas. Texto Anterior: Diretoria desiste de priorizar Libertadores Índice |
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