São Paulo, domingo, 10 de março de 1996
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Conheça os dois tipos de sistemas à venda em SP

HENRIQUE FERRARI
FREE-LANCE PARA FOLHA

Os interessados em instalar um pára-raios no prédio ou na casa encontram no mercado duas opções diferentes de sistemas de proteção.
O sistema tipo "Franklin" é o mais tradicional. Nele, uma ponteira metálica, em forma de buquê (três ou quatro pontas), atrai a descarga elétrica, que é conduzida ao solo por meio de cabos de cobre (veja quadro acima).
A ponteira desse tipo de pára-raios funciona como o vértice de um cone, oferecendo uma área de cobertura de cerca de 45 graus.
Segundo o engenheiro eletricista Alan César Mendes, cada edificação requer um projeto específico para a instalação do pára-raios.
"A estrutura principal do equipamento não varia muito, mas o número de cabos condutores deve ser calculado de acordo com as dimensões da construção", diz.
Na opinião do engenheiro, o modelo tipo Franklin é apropriado, sobretudo, para casas.
Em edificações mais altas deve ser instalado o sistema tipo "Gaiola de Faraday", composto por vários pequenos pára-raios interligados, que diluem em vários pontos a descarga elétrica.
"A instalação é um pouco mais cara, mas o mecanismo é muito mais eficiente", afirma Mendes.
Custos
A instalação de um pára-raios tipo Franklin custa entre R$ 500 e R$ 1.500. Já a Gaiola de Faraday pode custar de R$ 2.000 a R$ 3.000.
Um terceiro tipo de sistema de proteção foi retirado do mercado por representar risco para a saúde pública. Trata-se do pára-raios ionizante ou radioativo.
O mecanismo se diferencia do sistema convencional porque cria um campo radioativo que visa aumentar a capacidade de atração de descargas elétricas.
"A eficácia desse modelo nunca foi comprovada e o perigo que o campo radioativo representa para a comunidade é grande", afirma Carlos Alberto Venturelli, diretor geral do Contru.
A lei proíbe a venda do sistema desde 1989. Segundo decreto da prefeitura, datado de abril de 1993, os pára-raios desse tipo deveriam ser substituídos em um prazo de 720 dias.
"Estimamos que haja ainda 20 mil pára-raios radioativos espalhados pela cidade", diz Venturelli.
Responsabilidade
A melhor solução para quem quiser evitar prejuízo é o seguro. "As companhias que trabalham com seguro de residências e de condomínios têm planos que cobrem danos causados por incêndios, raios e explosões", diz Arnaldo Rodrigues, da Sul América Seguros.
HF

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