São Paulo, domingo, 10 de março de 1996
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Montadoras anunciam reajuste para carros 0 km

HENRIQUE SKUJIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Os reajustes dos preços dos carros da GM, Volks e Fiat, na última semana, não serão repassados totalmente ao consumidor. As concessionárias devem dar descontos.
Enquanto as concorrentes aumentam os preços, a Ford anuncia redução da tabela de fábrica para as linhas Versailles e Royale. A versão GL 1.8 caiu para R$ 18,8 mil.
A GM aumentou o preço da Blazer (1% a 2,9%) e do Corsa (1,9% a 5,9%). O reajuste da Fiat foi de 1,5% (Fiorino 1.5) a 4,8% (Mille EP). Os carros da Volks, exceto o Gol GTi, subiram de 0,9% a 5,8%.
No caso dos "populares", o reajuste variou de 2%, para o Gol 1.000, a 5,9%, para o Corsa Wind.
Como o Corsa é encontrado no mercado com ágio de até 5%, o consumidor não sentirá o impacto. O mesmo acontece com o Gol 1.000i: o reajuste de 5,8% será amortecido pelo ágio de 4%.
"O ágio vai bancar o reajuste de alguns populares", acredita um lojista do mercado paralelo.
A Parati, o Corsa Sedan e a Blazer também foram reajustados. Esses modelos são lançamentos recentes e ainda não têm produção normalizada. Por serem vendidos a preços acima da tabela, o consumidor também não sentirá o aumento.
Para Mauri Misaglia, presidente da associação das concessionárias Chevrolet (Abrac), a tendência para esses carros é de queda de preço com a regularização da produção.
Apenas nos carros que já são vendidos com descontos é que o consumidor terá de colocar a mão no bolso e pagar parte do acréscimo.
"Estamos trabalhando com a tabela nova, mas ainda não deu para saber se o consumidor vai aceitar o acréscimo", diz Maier Gilbert, da Nova Geração. Naul Ozi, da Sopave, prevê que "o consumidor não pagará 100% do aumento".
As montadoras justificam o acréscimo como um repasse dos custos de produção. Para abril, está previsto novo reajuste, com índices similares.
A GM explica ainda que seus carros receberam melhorias na motorização (leia texto ao lado).
"Só não entendi o aumento para o Corsa Sedan e para a Blazer", reclama Misaglia, da Abrac.

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