São Paulo, terça-feira, 12 de março de 1996 |
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Governo pode mudar regra para a malha ferroviária
FRANCISCO SANTOS
A principal mudança seria no limite de participação no capital da empresa que irá gerir a malha privatizada, hoje fixado em 20%. O ministro dos Transportes, Odacyr Klein, disse que o governo poderá aumentar esse percentual, mas mantendo a preocupação de evitar que uma só empresa passe a controlar uma determinada malha ferroviária. Isso, no entendimento do governo, permitiria que a empresa vencedora do leilão passasse a transferir seus custos para outros usuários daquele trecho ferroviário. A primeira privatização ferroviária foi da Malha Oeste (Bauru-Corumbá), realizada no dia 5 deste mês e vencido por um consórcio de cinco empresas dos EUA. Empresários brasileiros reclamaram de que o limite de 20% teria afastado empresas nacionais da disputa. A privatização das ferrovias é, na verdade, um arrendamento de trilhos e equipamentos para a empresa vencedora, que recebe do governo, também, a concessão para operar aquele trecho por 30 anos, sob determinadas condições. A próxima malha a ser privatizada é a Centro-Leste, que inclui trechos nos Estados do Rio, Espírito Santo, Minas, Bahia e Goiás. Até o final deste ano o governo pretende privatizar, além da Centro-Leste, a malha Sudeste (Rio-Minas-São Paulo). Rodovias Odacyr Klien disse que o governo está preparando um novo pacote de rodovias a serem privatizadas, totalizando 5.400 km, a ser lançado ainda neste semestre. O ministro não deu detalhes da operação. Texto Anterior: Chefe de fiscalização volta a faltar em depoimento Próximo Texto: Acordo do Banespa chega ao Senado Índice |
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