São Paulo, terça-feira, 12 de março de 1996 |
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Fagner canta com banquinho e violão
NÁDIA GONZAGA
Banquinho e violão. É assim que Raimundo Fagner se apresenta hoje no Sesc Pompéia, às 21h. O show faz parte do projeto "Ouvindo Estrelas", que já trouxe nomes da música popular brasileira como João Bosco, Elza Soares, Leila Pinheiro, Gilberto Gil, Emílio Santiago, entre outros. A proposta do espetáculo é mostrar as origens musicais do artista. E qual é a formação musical do cearense Fagner? "É basicamente popular: tem muita seresta, muito Orlando Silva, Ataulfo Alves, Silvio Caldas, Altemar Dutra... minha casa era repleta desses discos." E principalmente Luiz Gonzaga, "o hino maior do Nordeste". Fagner começou a gravar em 1978, com o disco "Revelação". "No começo da minha carreira, eu viajava muito, fazia muito show, queria fazer sucesso. Em 1986 ou 1987, "Romance do Deserto" vendeu 1 milhão de cópias", conta. "Hoje tenho outras prioridades, estou mais ligado ao Ceará, pois vivi muito tempo fora da minha terra..." Contrato renovado com a gravadora BMG-Ariola, o cantor e compositor diz estar voltando de fato, depois de pelo menos três anos sem gravar. "Nos Estados Unidos, é normal o artista passar quatro anos parado. Aqui as pessoas acham que você desistiu de cantar. Nesses três anos, tive tempo de fazer uma reciclagem. E quero voltar com carga total", afirma. No repertório, estarão músicas como "Revelação", "Melhores Dias", "Canteiros", "Borbulhas de Amor", "Noturno", "Deslizes", "Baião de Rua", entre outras. Fala que vai soltar a voz em duas novas canções. O show também terá um bate-papo com Zuza Homem de Mello e, claro, com o público, que poderá fazer perguntas e comentários. Diz que este novo show será "uma tranquilidade". "Vai ser como estar no meu quarto, vou estar bem à vontade, revivendo. Vou adorar conversar com a platéia, vai ser estimulante e descontraído", acredita. A duração do espetáculo vai depender do público, segundo o cantor. Nas primeiras músicas, Raimundo Fagner vai estar acompanhado por Nonato Luiz (violão), desconhecido do público paulistano. "Já tocamos bastante juntos. Ele é muito conhecido fora do País. Paco de Lucia adora-o. O público também vai adorar", promete. Texto Anterior: Sinfônica de Berlim toca domingo em SP Índice |
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