São Paulo, quarta-feira, 13 de março de 1996 |
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Corinthians busca fama na Libertadores
VALMIR STORTI
O retrospecto do clube na principal competição sul-americana de clubes não é muito favorável. Dos 14 jogos que já disputou, venceu 3, empatou 6 e perdeu 5. Marcou 19 gols e sofreu 16. Apesar desse histórico, o clube não pretende priorizar a competição, que dá ao campeão o direito de disputar o Mundial Interclubes, no Japão, contra o vencedor do campeonato europeu. "Se der para ganhar tudo, melhor. A hora que a peneira apertar é que veremos se devemos priorizar algum torneio", disse Marcelinho. Além da Libertadores, o Corinthians está disputando o Campeonato Paulista e a Copa do Brasil. "Vou utilizar os melhores atletas que tiverem condições de jogo. Com o decorrer das competições é que pensarei na hipótese de poupar alguém", afirmou o técnico Eduardo Amorim. No ano passado, o Corinthians priorizou a Copa do Brasil, cuja conquista, contra o Grêmio, lhe valeu a vaga na Libertadores, para só depois pensar no Paulista, o qual acabou vencendo também. "No Paulista-95, sete clubes se classificavam para a segunda fase, o que permitia um revezamento de atletas. Agora, só se classificam quatro e precisamos ser um dos dois primeiros de um turno para obtermos a vaga", disse Amorim. O Corinthians poderá contar com quase todos os seus titulares para enfrentar o Botafogo. A única exceção é o lateral-direito Carlos Roberto, que sofreu uma contusão contra o São Paulo. A experiência O atacante Edmundo vai poder participar da partida porque a pena de suspensão por três jogos (um já cumprido) imposta ao atacante por agredir o zagueiro Sandro, do Palmeiras, é válida apenas para o Campeonato Paulista. "Já estou acostumado com a pressão existente em uma Libertadores. Nós tivemos várias conversas e sei que tenho que me conter, mas, às vezes, não é bem assim." Depois de 35 dias sem jogar no Pacaembu, o Corinthians conta com o apoio de sua torcida para bater o Botafogo, que venceu o último Campeonato Brasileiro nesse estádio, empatando com o Santos. "O Corinthians sempre foi forte nesse estádio. Aqui é a casa do Corinthians", disse Edmundo. Quando jogador, o técnico Eduardo Amorim disputou duas finais de Libertadores pelo Cruzeiro. Em 76, foi campeão, derrotando o River Plate, da Argentina, e, em 77, foi vice, derrotado pelo argentino Boca Juniors, nos pênaltis. Sobre a arbitragem do jogo de hoje, que será dirigido por Márcio Rezende de Freitas, Amorim diz que a Libertadores mudou. "Hoje a arbitragem não se deixa influenciar. Os juízes se fazem respeitar em qualquer lugar", afirmou. Texto Anterior: Michael Jordan é eleito o melhor da semana; Sollo/Tietê fica em terceiro na Superliga; Wilander e Novacek apelam para tribunal Próximo Texto: Em Araras Índice |
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