São Paulo, quarta-feira, 13 de março de 1996 |
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A beleza é convulsiva
INÁCIO ARAUJO
No primeiro, Roman Polanski trabalha uma imagem não propriamente frígida, mas com certeza etérea e distante de Nastassia Kinski, na pele da trágica Tess D'Auberville. No segundo, Bob Rafelson descobre uma Jessica Lange carnal até o desespero. Em ambos os casos, o assassinato está presente; em ambos, por amor (no segundo, existe cálculo e cinismo -atributo das mulheres do romance e do filme noir). Isso não as livra do trágico da existência, mas agrega a ele algo de sublime, que se incorpora a sua beleza. Como em "Carrie, a Estranha" (Telecine, 17h20), estamos na seara definida por André Breton no final de seu "Nadja": a beleza será convulsa ou não será. (IA) Texto Anterior: 'Maratona da Morte' é quebra-cabeça de Goldman Próximo Texto: Programação do ciclo Índice |
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