São Paulo, quinta-feira, 14 de março de 1996
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Reunião vai definir estratégia

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PRESIDENTE PRUDENTE

Os coordenadores do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) estão aguardando o retorno de José Rainha Jr. ao Pontal do Paranapanema para discutir os rumos do movimento.
Até as 18h de ontem, o MST não sabia quando Rainha retornaria. Ontem, ele visitou seu médico em São Paulo, mas não falou com a imprensa.
Diolinda Alves de Souza, mulher de Rainha, disse que essa reunião da liderança do MST é necessária. "Vamos definir nossa luta daqui para a frente." Diolinda não vê o marido desde 24 de janeiro.
Felinto Procópio (Mineirinho), que estava entre os quatro líderes dos sem-terra presos, disse que a prisão serviu para "aumentar a fé" pela reforma agrária.
"Não foi fácil ficar 48 dias sem liberdade. Mas tenho certeza que isso não desanimou ninguém. O movimento está mais unido que nunca", afirmou.
Laércio Barbosa disse que, na prisão, os sem-terra foram tratados "com respeito" pelos presos com quem dividiram as celas.
"Os presos, muitos dos quais condenados por roubo e morte, chegaram a expressar a admiração por nós e pelo que fazemos", disse.

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