São Paulo, quinta-feira, 14 de março de 1996
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Funcionários do Judiciário param por melhores salários

Paralisação de servidores tumultua dia dos ministros do STF

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA; DA REPORTAGEM LOCAL

Servidores do Judiciário e do Ministério Público realizaram ontem uma paralisação por melhores salários. Os funcionários do TST (Tribunal Superior do Trabalho) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não aderiram à greve.
A greve dos servidores tumultuou o dia dos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Eles tiveram que ir de táxi ou em seus carros particulares para o trabalho. Também participaram de uma sessão em plenário sem ar-condicionado e microfones, por causa da ausência de técnicos.
Os funcionários se concentraram em frente ao prédio anexo ao STF. Com apitos e roupas pretas, reivindicavam 46% de reajuste, retroativos a janeiro de 95, e a adoção do Plano de Cargos e Salários.
O presidente do Sindjus (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário), Aguinaldo Moraes, disse que os funcionários do TSE e TST recebem por funções gratificadas e, por isso, decidiram não aderir.
Hoje haverá manifestação na Praça dos Tribunais em Brasília.
Eles decidirão se continuam ou não o movimento. Segundo o presidente do Sindijus, serviços como concessão de habeas corpus e liminares foram garantidos ontem.
Anteontem à noite, o ministro Carlos Velloso, que preside o TSE, disse que funcionário do STF não faz greve: "Para quem aderir, vão ser tomadas as medidas cabíveis".

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