São Paulo, quinta-feira, 14 de março de 1996 |
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Síndico agride baixista do Cidade Negra
CRISTINA GRILLO
Ele acusa o síndico do prédio, Nilo Mendes de Figueiredo, de tê-lo atingido no rosto com a coronha de uma arma. Bino levou sete pontos do lado esquerdo do rosto e sofreu perda de tecido na região. Ontem à tarde, depois de registrar a ocorrência na 12ª Delegacia Policial (Copacabana), ele faria um exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal. O baixista afirma ter sido xingado de "negro" e "crioulo safado" durante a discussão com o síndico. "Ele disse 'aí, negão, cale a sua boca"', contou Bino. Nilo Mendes de Figueiredo desapareceu do prédio. A confusão começou por volta das 13h, quando Bino chegava ao Pathernon Real Palace. Na porta da garagem, restos das obras do projeto Rio Cidade furaram o radiador da Mercedes-Benz de Bino. O carro parou e o baixista começou a reclamar. Bino disse que enquanto reclamava, o síndico se aproximou e começou a xingá-lo. "Eu ameacei saltar do carro. Ele tirou a arma da cintura e me bateu." O vocalista do grupo, Antonio Bento da Silva Filho, 28, o Toni, contou que foi ameaçado de prisão pelos policiais civis que foram ao prédio verificar o que havia acontecido. "Eu reclamei quando ouvi o administrador do prédio dizer que não conhecia o agressor. O policial disse que eu estava atrapalhando a investigação e disse que ia me trazer para a delegacia", afirmou. "Aposto que se fosse o contrário, se Bino fosse o agressor, ele sairia algemado do prédio." O grupo tem shows marcados no nordeste neste final de semana. Dependendo do estado de saúde de Bino, as apresentações podem ser canceladas. Texto Anterior: Chuva de 2 horas congestiona o trânsito Próximo Texto: Ladrão é morto em assalto ao Bamerindus; Duas adolescentes são baleadas no pé no Rio Índice |
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