São Paulo, quinta-feira, 14 de março de 1996 |
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Anúncios sobre sexo inspiraram o filme
DANIELA FALCÃO
Leia trechos da entrevista que Lee concedeu à Folha, na segunda. * Folha - "Girl 6" mudou sua visão sobre "sex-phones"? Spike Lee - Claro. Antes de ler o roteiro eu sabia muito pouco sobre o assunto. Também passei a encarar diferente a questão da prostituição. Sou a favor da descriminação porque é a única maneira de tornar a vida de milhares de mulheres segura. Folha - Como foi gravar o clipe de Michael Jackson no Brasil? Lee - Quem criou confusão foram as autoridades brasileiras. Fiquei muito decepcionado com as declarações de Pelé. Mas o clipe ficou muito legal. Folha - O que acha das críticas por dar dinheiro a traficantes? Lee - Não foi isso que aconteceu. Paguei uma taxa de locação por utilizar o morro. A gente paga a quem tem controle da área. Como a polícia não tem poder lá, temos que negociar com que vai dar segurança à equipe. Fiz o mesmo quando tive que gravar cenas de "Febre na Selva" em Little Italy. Se o dinheiro vai para traficantes ou mafiosos, não me interessa. Pago pelo uso do local e pronto. Texto Anterior: Spike Lee dirige sua câmera às mulheres Próximo Texto: Caixas históricas de CD invadem a MPB Índice |
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