São Paulo, sábado, 16 de março de 1996
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Indy atrai negócios de US$ 10 mi

Anunciante descobre evento

SUZANA BARELLI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Fórmula Indy está se tornando um grande negócio para o meio publicitário brasileiro.
A primeira corrida da categoria no Brasil, que acontece amanhã no Rio, motivou anunciantes a desembolsarem até US$ 10 milhões na promoção do campeonato.
Apenas no patrocínio dos pilotos, as cifras variaram de US$ 1,8 milhão a US$ 10 milhões, conforme estimativa de mercado obtida pela Folha.
Os brasileiros Emerson Fittipaldi e Gil de Ferran, por exemplo, estão estrelando comerciais da Varig sobre o evento.
A companhia aérea voltou este ano a investir na promoção de eventos esportivos, após passar por uma ampla reestruturação.
As seis cotas de patrocínio do evento foram negociadas a US$ 6 milhões pelo SBT, que detém a exclusividade da transmissão do campeonato.
Equipes
Brahma e Souza Cruz estão investindo em equipes próprias para o evento, incluindo mecânicos e pilotos.
O piloto Raul Boesel corre pela equipe Green Brahma, em um carro pintado com as cores da cervejaria. Segundo a empresa, que comprou uma cota de transmissão da corrida, o investimento na Fórmula Indy está dentro da verba anual de US$ 30 milhões em marketing.
Na Souza Cruz, o investimento na equipe Hollywood Pack West é estimado em US$ 10 milhões. Em 1995, foram US$ 5 milhões.
A Indy, segundo a empresa, é uma prova transmitida para mais de 170 países, o que justifica o investimento em dois pilotos: Maurício Gugelmin e Mark Blundell.
Outras empresas optaram por anúncios de oportunidade, inspirados em um evento específico.
A United Airlines, por exemplo, tem outdoor de boas vindas ao evento espalhados pelo Rio. Uma promoção da Goodyear dá um pôster com os pilotos brasileiros na corrida na compra de dois pneus.
Ibope
"A corrida deste ano terá mais atração que a prova de Fórmula 1 para os brasileiros", afirma Carlos Chiesa, vice-presidente da agência Leo Burnett, que tem quatro clientes com campanhas sobre o evento.
As atenções na Fórmula Indy, considerada a corrida mais veloz do automobilismo, têm algumas explicações.
A primeira é que oito brasileiros estão participando do campeonato, com chances de vitória.
A segunda é a perda de audiência da Fórmula 1 desde a morte do piloto Ayrton Senna.
Luciano Calegari Júnior, diretor do evento na SBT, diz que as estimativas da emissora é de chegar a 20 pontos de Ibope durante a corrida no Brasil.
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