São Paulo, domingo, 17 de março de 1996 |
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Controle pode estar fora do BC
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Para o economista Márcio Garcia, o exercício da política monetária e a supervisão do sistema financeiro podem ser conflitantes. Para domar a inflação, o BC pode querer, num determinado momento, elevar fortemente a taxa de juros. Mas isso, de outro lado, pode afetar a saúde de alguns bancos. Ou seja, o BC supervisor do sistema tem motivos para discordar de uma medida do BC defensor da estabilidade da moeda. Por isso, em alguns países, como nos EUA, o banco central não supervisiona a saúde dos bancos. Ele apenas faz política monetária. O ex-presidente do BC Affonso Celso Pastore acha, entretanto, que as duas funções devem ser reunidas. Ao se preparar para tomar determinada medida, o BC já sabe que impacto isso causará e pode antecipar salvaguardas. O problema é que não existe no Brasil um órgão com capacidade técnica para assumir a fiscalização dos bancos. A equipe do BC, mesmo precária, é a melhor. (CAS) Texto Anterior: Itamar cunhou a "caixa preta" Próximo Texto: Real não é a causa da crise Índice |
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