São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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Sistema de descontos brasileiro dá poucas opções

JOÃO BATISTA NATALI
DA REPORTAGEM LOCAL

São Paulo-Porto Alegre custa teoricamente R$ 217,58 e Cincinnati-Filadélfia R$ 351,82. Mas, ao contrário das evidências, o trajeto brasileiro não é necessariamente o mais barato.
A razão é simples: nos EUA há bem mais circunstâncias para a concessão de descontos e eles não têm limite de porcentagem sobre a tarifa de base, como no Brasil.
No caso brasileiro, Varig, Vasp e Transbrasil praticam a tarifa cheia durante as férias escolares. Na baixa estação, dão um desconto de 30%. A TAM, por ser empresa regional, não está autorizada pelo DAC a dar esse desconto.
Fora isso, há oficiosamente a "queima" de passagens para os períodos em que nenhum homem de negócios cogita em viajar.
Agora, na Semana Santa, agências de turismo anunciam para os paulistanos pacotes de oito dias em Salvador (avião e hospedagem) por R$ 520,00, bem menos que a tarifa de base para aquela cidade, que é de R$ 638,00.
Vejamos agora o sistema norte-americano. Lá os descontos vigoram em todo e qualquer período e há até 14 tarifas diferentes cobradas de passageiros do mesmo vôo.
Los Angeles-Boston (4.189 km) pela American tem como tarifa cheia U$ 739,00. Mas pode chegar a menos da metade: US$ 279,00. Nashville-Atlanta (344 km) custa US$ 279, mas em certas circunstâncias -reserva com antecedência, volta pela mesma empresa- o preço do bilhete cai para um sétimo disso.
(JBN)

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