São Paulo, domingo, 17 de março de 1996
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Coluna Joyce Pascowitch

JOYCE PASCOWITCH

PRONTA ENTREGA
Marrom glacê
Foi a paixão pela natureza -muito antes de qualquer onda ecológica- que conduziu Ethel Carmona (foto) pelas trilhas da marcenaria. Há nove anos, junto com o irmão, que na época fazia pós-graduação em arquitetura em Nova York, ela achou que podia dar certo o projeto de um gaveteiro -sem pregos-, idealizado pelos dois. Fez um sucesso daqueles e, autodidata convicta, Ethel foi atrás de novas idéias, projetos mais ousados. Encontrou também um mestre marceneiro com quem divide as glórias de já ter formado, nesse intervalo, mais de 60 profissionais que executam, em Valinhos, cada detalhe pensado por sua marceneira de luxe. Se os preços por vezes vão às alturas, não faltam clientes dispostos a esquecer a cifra para ter, peça a peça, tudo muito bem encaixado. Sem nenhum excesso de verniz.
*
Quem é santo do pau oco?
Edir Macedo.
Onde você passa o serrote?
Em mau-caráter
Quem você trancaria no armário?
Os malas sem alça.
Por que seu closet vale ouro? Questão de qualidade.
Banho de verniz é bom para...
Falta de brilho.
Para quem você esculpiria um trono?
Para o seu Moacir, o mestre da minha marcenaria.
Quem entra no seu porta-retrato?
Fulvio Nanni.
Existe lei fora da madeira de lei?
No Brasil, não.
Em quem você passaria oléo de peroba?
Na Câmara dos Deputados.
Onde foi parar o pau-brasil?
Nos palácios portugueses.
Quando é que você bate na madeira?
Nunca -eu só acaricio.
Já sapateou no tablado?
Inúmeras vezes.
O que faz você chutar o pau da barraca?
A ignorância.
Com quem você dividiria uma gangorra?
Com minha amiga Peggy Silveira.

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