São Paulo, domingo, 17 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Emissoras apostam nas mulheres
DA REPORTAGEM LOCAL Há três anos como âncora do "Jornal da Manchete", Márcia Peltier, 37, acha que o país mudou e o público se tornou mais consciente e participante. "A figura do âncora é muito importante. Ela dá credibilidade à notícia", afirma a jornalista.Ela participa da apuração, faz entrevistas ao vivo, tece comentários e edita reportagens, desde 1992. Para Márcia, os telejornais ganham em agilidade com jornalistas diante das câmeras. "Quando o primeiro ministro de Israel, Yitzhak Rabin, morreu (em 4 de novembro de 1995), entrei ao vivo, fazendo tradução simultânea da CNN, chamando comentaristas e entrevistando pessoas", conta. Quanto às mudanças no jornalismo da Globo, Márcia está curiosa. "Quero ver como vai ficar. A estrutura anterior era de outro tempo, de outro país." A jornalista Marília Gabriela exerceu a função de âncora na Bandeirantes. Hoje, a também jornalista Carla Vilhena, 28, é candidata assumida ao posto. Ela apresenta o principal noticiário da emissora, o "Jornal da Bandeirantes", e faz entrevistas para o "Jornal de Domingo". Sua carreira como apresentadora de TV começou em 1986, na TVE do Rio. "Ninguém nasce âncora. O profissional se forma aos poucos, dependendo do reconhecimento do público", diz. Segundo a jornalista, seu trabalho como entrevistadora pode ser o primeiro passo. Há um mês, Carla comanda um quadro, na linha "talk show", no "Jornal de Domingo". "Durante a semana, não tenho oportunidade de fazer comentários, já que o telejornal tem seus próprios especialistas. Então, aproveito para opinar nas entrevistas de domingo. Meu trabalho fica mais solto", afirma. Texto Anterior: Fátima vai ancorar o "Hoje" Próximo Texto: Globo teme rejeição a novo JN Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |