São Paulo, domingo, 17 de março de 1996 |
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BMW R1.100 é 'monstro' bem-comportado
JOTA SANTANA
Para conforto dos puristas, ambas foram mantidas neste lançamento. Mas o sistema de suspensões foi totalmente reestudado. Sua principal modificação é uma boa novidade: o garfo telescópico perdeu a função de suspensão. Agora serve apenas como sistema de direção, acompanhando os movimentos da roda. O trabalho efetivo da suspensão dianteira é exercido por um só amortecedor, com mola helicoidal externa, colocado em uma plataforma entre o tanque e o motor. Na traseira, o braço que une a roda à moto cumpre as funções de suspensão e transmissão. Essas inovações produzem sensível melhora na estabilidade do conjunto, transformando até as curvas de baixa velocidade em manobras seguras e controláveis. Contribui para isso a largura dos pneus de última geração que calçam suas também revolucionárias rodas de liga leve. O comportamento do motor em aceleração segue a agressividade do design, apesar da sua proposta extremamente clássica. Se a mão do piloto é pesada, ela obedece e se comporta como uma fera. Seu motor ruge alto e sua marca (não conferida nesta avaliação) é de 4,3 segundos para ir de 0 a 100 km/h: assustadora. Mas, se a mão do piloto é mais mansa, ela também sabe ir dócil e submissa. Suas retomadas de velocidade permitem ultrapassagens seguras. As frenagens são garantidas pelos dois gigantescos discos dianteiros, com ABS, e pelo disco traseiro. Com todas essas características, claro que seu "habitat" natural está nas estradas e não nas ruas das cidades. Com os acessórios, malas e bagageiros instalados, tem capacidade para um bom volume de bagagem, bem acomodada. Há deslizes de acabamento. A embreagem, acionada a cabo, fica totalmente ultrapassada numa moto com tantas inovações. Texto Anterior: Veja como é o Fiat Palio por dentro Próximo Texto: Motor é o ponto fraco do Gol Plus Índice |
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