São Paulo, segunda-feira, 18 de março de 1996
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Publicitário defende tática agressiva

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma boa agência deve estar sempre prospectando novas contas publicitárias; uma boa média é estar sempre com 40 "alvos" como objeto de prospecção -o que não é pouco.
Essa é uma das receitas do publicitário Maurício Queiroz, da Usina Comunicação. Queiroz falou sobre o tema "A Guerra da Agência para Buscar Uma Conta", na quarta-feira, no auditório da Folha. A palestra fez parte do ciclo "Arena de Marketing".
Entre as vantagens dessa procura por novas contas está o fato de que a agência fica cada vez mais conhecida na medida em que novas propostas de trabalho são apresentadas a potenciais clientes.
Briga acirrada
A tática para conseguir bons resultados, avalia o publicitário, pode -e deve- ser agressiva.
Inclui, por exemplo, ir até uma empresa com proposta de campanha para um determinado produto, chegando já com todo o material pronto porque se concluiu que esse cliente não deve estar satisfeito com quem lhe presta serviços.
Essa briga por novas contas tem ficado mais acirrada nos últimos tempos, especialmente no caso das polpudas verbas publicitárias de algumas estatais, como a Telebrás.
Na última concorrência da empresa federal de telecomunicações, entraram cerca de 30 boas agências, segundo o publicitário.
Em outros anos, a média de inscritos girava entre três e cinco agências.
Mas há pelo menos dois problemas para quem se aventura por esse caminho, que decorrem do fato de que prospecção é um investimento de longa maturação.
Alguns "namoros" chegam a durar dois, três anos e às vezes não dão em nada -ao menos no "lado" financeiro. E, justamente porque demoram bastante tempo, eles acabam custando caro.
Diversificar
Para Queiroz, uma boa dica é procurar diversificar, buscando clientes de áreas em que ainda não se tem experiência.
O publicitário diz acreditar que as agências devem investir pesadamente em novas tecnologias, inclusive em novas mídias, como na Internet.
Às vezes, no entanto, não é a melhor peça publicitária que acaba ganhando uma concorrência. A intenção do cliente, muitas vezes, é apenas conseguir encontrar uma agência que tenha um perfil que se adapte às suas necessidades, na avaliação do publicitário.

Texto Anterior: Público alvo tem de 25 a 45 anos de idade
Próximo Texto: Consumo registrou crescimento em 95
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.