São Paulo, segunda-feira, 18 de março de 1996
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Qual o problema com o Komsomolets?

BILL PITZER; EARLE HOLLAND

O submarino nuclear soviético Komsomolets encontra-se encalhado no fundo do mar na costa da Noruega, a 1.700 metros de profundidade. A embarcação afundou em 1989, logo após um incêndio que causou a morte de 45 de seus tripulantes. O submergível se encontra no meio de uma das principais zonas pesqueiras e de navegação da região.
As opiniões dos especialistas dividem-se quanto aos perigos que o reator nuclear e as armas atômicas a bordo do Komsomolets representam para o meio ambiente. O vazamento dos 12 quilogramas de plutônio que a nave contém poderia devastar todo o ecossistema da zona.
Quando tripulantes de pequenos submarinos de investigação revistaram o casco do Komsomolets eles encontraram apenas alguns danos na proa. Tanto a popa quanto a sala de máquinas aparentavam estar intactos. A embarcação encontra-se encalhada em uma zona sedimentária de 2,5 metros de profundidade.
Funcionários da antiga União Soviética expressaram esperanças de trazer o submarino à tona mas tiveram que desistir da idéia devido ao risco de a embarcação se partir em duas durante o processo.
Uma investigação realizada no começo desse ano mostrou que os tubos de ventilação da nave continham altos níveis de radiação.
Apesar disso, medições efetuadas ao redor do submarino demonstraram que os níveis de radiação eram normais.

Os submergíveis russos MIR-1 e MIR-2 realizaram três explorações do local onde o Komsomolets está encalhado.

Expedições ao local do naufrágio do Komsomolets
Em três expedições o submergível MIR realizou:
. 12 imersões
. Gravou em fita de vídeo o lugar do naufrágio
. Obteve 200 amostras de solo e sedimentos
. Desenvolveu espectômetros de raios gamma
. Realizou 2.000 medições

By BILL PITZER and EARLE HOLLAND
The New York Times Syndicate

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