São Paulo, segunda-feira, 18 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Grande Palácio é um festival de estilos
MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
É onde pulsa o antigo coração de Bancoc, o lugar onde a cidade nasceu. Ali está o seu mais importante complexo histórico: o Grande Palácio e o templo. O início da construção data de 1782, por desejo do rei Rama 1º. Mas as edificações foram prosseguidas, modificadas ou acrescidas de novos elementos pelos seus sucessores. O resultado é uma "mélange", evidentemente dominada pelo universo arquitetônico tailandês e oriental, mas que não exclui nem mesmo toques italianos. É um festival de construções, esculturas, imagens mitológicas, mosaicos e torres. Será certamente o primeiro programa que qualquer guia de Bancoc recomendará. Miscelânea Não ir ao Grande Palácio é, no velho clichê, como ir a Roma e não ver o papa. As visitas podem ser feitas das 9h às 18h, paga-se uma bagatela na porta e deve-se ter alguns cuidados com a roupa. Bermudas, saias curtas e ombros descobertos não entram. É um programa para ocupar toda uma manhã ou uma tarde -e é bom que se faça logo. Uma das curiosidades da miscelânea de estilos é a antiga residência real -turistas podem chegar ao hall de entrada. O edifício foi construído para comemorar o centenário da dinastia Chakri, em 1882. O curioso é que do telhado para baixo tem características obviamente européias -foi projetado por um arquiteto britânico. A parte superior, contudo, foi completada com telhados no estilo thai. Jim Thompson Para os curiosos em relação à arquitetura local, um bom endereço é a casa de Jim Thompson, na Rama 1º Road. Aberta diariamente das 9h às 16h30, ela foi habitada por esse norte-americano que chegou à Tailândia no final da Segunda Guerra Mundial. Thompson tornou-se um grande incentivador da indústria de seda local. É um nome mitológico na Tailândia e virou uma grife moderna de tecidos, roupas, gravatas etc. Em 1967, numa viagem à Malásia, Thompson desapareceu misteriosamente. Sua casa ficou, como uma espécie de museu, aberta à visitação pública. Para construí-la, o norte-americano reuniu peças de diversas moradias tradicionais tailandesas. Dono de uma considerável coleção de arte e artesanato asiáticos, decorou a casa com peças de diversos países e épocas. É um daqueles lugares em que você não hesitaria em dizer que adoraria morar. (MAG) Texto Anterior: Canais mostram outra face da cidade Próximo Texto: Bola brasileira encanta monge Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |