São Paulo, terça-feira, 19 de março de 1996
Texto Anterior | Índice

Importação de sêmen cresce 28% em 95

DA REPORTAGEM LOCAL

A importação maciça de ampolas de sêmen bovino no ano passado está mudando o perfil do mercado de inseminação artificial no país.
Em 95, foi comercializado 1,383 milhão de doses do produto, número que supera em 28,4% o 1,077 milhão de doses vendido no ano anterior.
"A maior conscientização do pecuarista sobre a qualidade do sêmen que chega de outros países, cujos touros são cientificamente provados, mais o fato de o Brasil engatinhar em termos de teste de progênie fazem a balança pender do lado da importação".
A explicação foi dada por José de Castro Rodrigues Neto, diretor da Lagoa da Serra, empresa de inseminação de Sertãozinho (SP).
Os testes de progênie avaliam as performances reprodutivas dos touros, estudando várias de suas gerações de filhos.
A técnica é antiga nos países mais adiantados, principalmente nos EUA e na Europa. Ela impede o pecuarista de adquirir doses de sêmen "no escuro", ou seja, sem conhecer o histórico do reprodutor.
A empresa de Castro exemplifica o salto para a frente do mercado.
Ela vendeu 190.517 doses em 95 (primeiro lugar no ranking dos maiores importadores) contra 136.293 no ano de 94.
Hélio Duarte, diretor da Pecplan Bradesco, outra empresa paulista de inseminação, concorda com Castro.
"O produto importado tem identidade. Além disso, igual a outros setores da economia, a abertura do mercado faz aumentar a competição, levando vantagem o que apresenta mais qualidade", explica Duarte.
A Pecplan, que havia vendido 75.579 doses importadas em 94, viu a quantidade subir para 182.894 no ano passado, ou seja, 142% a mais.

Texto Anterior: Amparo reúne 300 cavaleiros
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.