São Paulo, quarta-feira, 20 de março de 1996
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Juiz leva jurados até motel para elucidar morte no Paraná

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

O presidente do 2.º Tribunal do Júri de Curitiba (PR), João Kopytowski, 54, está inovando nos métodos de julgamentos realizados em Curitiba.
Há dois meses, ele usa recursos audiovisuais para reproduzir partes dos processos, permite que os réus fiquem sentados à frente dos jurados e sejam interrogados por eles e leva os jurados até o local do crime para esclarecer eventuais dúvidas.
No julgamento convencional, o acusado fica sentado diante do juiz, que é responsável por transmitir ao réu as perguntas do promotor, da defesa e dos jurados.
O Conselho de Sentença também não deixa o tribunal e recursos audiovisuais quase não são utilizados.
Em um dos julgamentos, o juiz levou os sete jurados ao quarto de um motel, em São José dos Pinhais (PR), para comprovar a tese da defesa de que o acusado não poderia ter matado uma moça por asfixia dentro da banheira.
"Eles puderam observar que a moça morreu afogada", afirmou Kopytowski. O acusado, um policial civil, foi absolvido da acusação de homicídio.
"Oferecemos ampla possibilidade de defesa e acusação e a participação de todos os envolvidos no julgamento", afirmou Kopytowski, que há 26 anos preside julgamentos.

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