São Paulo, quarta-feira, 20 de março de 1996 |
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Lucro de empresas tem queda em 95
RODNEY VERGILI
O retorno (ganho) sobre o patrimônio (recursos próprios) das empresas analisadas caiu de 8,3% em 94 para 6,6% em 95, segundo levantamento da consultoria Austin Asis, tendo como base 74 balanços. O presidente da Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas), Roberto Faldini, diz que o governo "brecou" a economia em 95 -para segurar a inflação- e derrubou a rentabilidade. As companhias mais afetadas foram as que tiveram problemas de competição com a concorrência externa, com os juros altos e com a "defasagem" cambial. As empresas que acreditaram no ritmo acelerado de evolução nas vendas do início do Plano Real (segundo semestre de 94) -e estocaram- arcaram com queda na rentabilidade em 95. As companhias que investiram tendo como base financiamentos bancários também tiveram problemas de rentabilidade, diz Erivelto Rodrigues, da Austin Asis. Exceções Luiz Furlan, presidente do Conselho de Administração da Sadia e diretor de comércio exterior da Fiesp (federação das indústrias paulista), diz que os resultados das empresas foram diferenciados. As empresas de alimentos, bebidas e fumo aumentaram, por exemplo, seus lucros no ano passado, pois a estabilidade de preços produziu melhoria de renda das pessoas de menor poder aquisitivo. Luis Eduardo Pereira de Carvalho, diretor da consultoria Boucinhas & Campos, diz que no segundo semestre de 94 muitas empresas se entusiasmaram com o aumento de vendas. Mas a inadimplência (atraso nos pagamentos) e a queda nas vendas a partir do primeiro semestre de 95 provocaram redução nos lucros das companhias. Próximo Texto: Em sociedade; Quem cobra quem; Dificultando a cobrança; Repto lançado; Solda eletrônica; Energia chilena; Pelos bancos; Melhor da história; Capital elevado; Martelo batido; Cozinha francesa; Idas e vindas; Pela maioria; Conflito de interesses; Abrindo mercado; Alumínio reciclado; Giro turístico; Estímulo aos golpes; Outra dança Índice |
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