São Paulo, quarta-feira, 20 de março de 1996 |
Texto Anterior |
Índice
Preconceitos prejudicam
JOÃO BATISTA NATALI
Como não há nenhuma idéia pré-concebida sobre o que sejam fenômenos como a religiosidade nas peças de percussão na música tradicional africana ou a ópera chinesa do século 12, a erudição dos editores está presente com todo o seu peso. O segundo volume, no entanto, cobre o repertório musical sobre o qual há fortes preconceitos culturais nos Estados Unidos. Um deles: o clássico é preferencialmente orquestral e a melhor tradução do romantismo é a sua música sinfônica. Não é verdade. Mesmo assim, compositores como Beethoven, Schubert e Schumann são exclusivamente apresentados como sinfonistas. É como se os quartetos, sonatas e canções não tivessem nada a ver com a história musical. Há verbetes para os norte-americanos Copland e Cage, mas nenhuma linha sobre o francês Boulez ou o alemão Stockhausen. Em suma, o segundo CD estraga por suas omissões e superficialidades o trabalho sério de compilação presente no primeiro. Texto Anterior: Coleção conta a história da música Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |