São Paulo, quinta-feira, 21 de março de 1996![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Desemprego sobe de 3,7% para 6,8%, aponta IBGE Mercado de trabalho encolhe para 66,6 milhões de pessoas FRANCISCO SANTOS
A PNAD, que é o retrato anual mais amplo da situação geral da população do país, mostrou que em 93 a PEA (População Economicamente Ativa) brasileira, que engloba todas as pessoas que trabalham ou procuram emprego, era de 71 milhões de pessoas. O total de pessoas trabalhando era de 66,6 milhões de pessoas. A diferença de 4,4 milhões de pessoas resulta em 6,2% de desempregados. Os números não abrangem a população rural da região Norte, por dificuldades logísticas para se fazer a pesquisa na área. Mas, segundo Martha Mayer, diretora-adjunta de Pesquisa do IBGE, para efeitos de comparação com anos anteriores o índice correto de desemprego é 6,8%. Isso porque, para comparar, os dados de 93 precisam ser depurados de aspectos que não existiam na pesquisa nos anos anteriores. A pesquisa mostra que de 1981 para 1993 a participação da mulher na Pea aumentou de 32,9% para 42,2%. O total de mulheres ativas era de 28,1 milhões em 93, contra 42,9 milhões de homens. Mas a pesquisa mostra também que o desemprego era maior entre as mulheres, com 7,4%, contra 5,4% entre os homens. Cresce informalidade O IBGE constatou que de 1990 a 93 o percentual de trabalhadores com carteira assinada caiu de 58,5% para 50,9%. Em compensação, o percentual informais aumentou de 35% para 38,6%. O número de trabalhadores com carteira assinada em atividades não-agrícolas era de 21,2 milhões em 90 e caiu para 18,8 milhões. Já o número de trabalhadores não-agrícolas informais cresceu de 9,7 milhões para 11,6 milhões no mesmo período. De acordo com os técnicos do IBGE, os números refletem a crise do início da década. No campo, as relações de trabalho formais cresceram. O percentual de trabalhadores com carteira assinada saltou de 22,9% em 1990 para 25,9% em 1993. Em consequência da redução do trabalho formal, caiu o número de contribuintes para a Previdência social de caráter oficial (nacional, estadual ou municipal). Em 90 esse número era de 29,5 milhões de pessoal e em 93 caiu para 28,7 milhões. Foi constatado também que em 1993 o contingente de crianças entre dez e 14 anos que trabalhava era de 5,2% de toda a população ocupara do país, o que significa 3,46 milhões de crianças até 14 anos trabalhando no país. Texto Anterior: Outra realidade Próximo Texto: 23,6 mi deixam Estado natal Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |