São Paulo, quinta-feira, 21 de março de 1996 |
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Atuação política começou com Lula Sindicato ganhou projeção desde a sua posse DA AGÊNCIA FOLHA, NO ABCD O Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, berço do PT e da CUT, ganhou projeção nacional quando da posse de Luiz Inácio Lula da Silva como presidente, em 1975, após quatro gestões apagadas de Paulo Vidal.A posse de Lula culminou com a politização do sindicato, inserindo a entidade em discussões de temas nacionais, e não àquelas vinculadas a temas estritamente salariais e trabalhistas. Foi com Lula, na segunda metade da década de 70, que surgiram grandes líderes sindicais, como Jair Meneguelli, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, Heiguiberto Navarro, o Guiba, Djalma Bom, Luiz Marinho e José Lopes Feijó, entre outros. Lula comandou as greves de 1979 no ABCD, as primeiras que ocorreram durante e contra o regime militar. Cassado em 1980, retornou à presidência da entidade no mesmo ano, ao mesmo tempo em que fundou o Partido dos Trabalhadores em São Bernardo. Nasce a CUT Em 1981, Jair Meneguelli, da Ford, assume a presidência e consolida a posição da entidade como o sindicato mais importante do país. É em sua gestão que nasce a idéia da formação da CUT (Central Única dos Trabalhadores), fundada em 1984 com Meneguelli na presidência. Ele acumula as presidências das duas entidades até 1987, quando Vicentinho assume a presidência do sindicato. Com a entidade consolidada como força trabalhista e política no cenário nacional, Vicentinho inaugura a era do diálogo com empresários, com o objetivo de buscar vantagens para os trabalhadores metalúrgicos. A maior delas foi a reposição mensal da inflação nos salários, já em 1988. Durante um bom tempo, foi a única categoria que teve o benefício no país. Acordos Em 1992, Vicentinho lançou a idéia do acordo nacional do setor automotivo, envolvendo metas de produção e de garantia de emprego para trabalhadores do ABCD. Ele deixa o sindicato já unificado com Santo André em 1994 para ser presidente da CUT. Guiba é indicado para sucedê-lo e tem como grande feito os acordos de redução e flexibilização de jornada de trabalho nas montadoras, ocorridos em 95. Em Santo André, o grande expoente do sindicato foi José Cicote, ex-presidente da entidade, ex-deputado federal e ex-vice-prefeito. Dados atuais Hoje, o sindicato tem 100 mil filiados. O número de trabalhadores na base é de 135 mil. Seu orçamento, para este ano, está previsto em R$ 20 bilhões. Texto Anterior: Metalúrgicos votam sobre racha no ABC Próximo Texto: Bancários de SP ficam livres de 100% da contribuição sindical Índice |
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