São Paulo, quinta-feira, 21 de março de 1996
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Livros que criam amor

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

"Nunca Te Vi, Sempre Te Amei" (HBO, 13h30), de David Jones, é um caso de filme irresistivelmente simpático para quem tenha ligação com a literatura.
Ele trata do amor que um livreiro inglês (Anthony Hopkins) e uma escritora norte-americana (Anne Bancroft) têm pelos livros.
Daí a uma longa, extensa correspondência entre os dois é um passo. O título brasileiro postula algo no mínimo pertinente: a hipótese de um amor epistolar, nutrido por afinidades profundas, entre pessoas que nunca se vêem.
"Nunca Te Vi", assim como declina sua simpatia logo nos instante iniciais, passa a mostrar um aspecto cômodo: ele se planta na eficácia da ficção e do amor aos livros. Mas não articula esse amor à imagem (tratado como mero veículo): contenta-se em ser referencial.
Na TNT, às 11h, passa "Jezebel", de William Wyler. Ou de Bette Davis? O fato é que Bette faz a garota que escandaliza a sociedade sulista ao aparecer vestida de vermelho para um baile.
É um filme cantado e decantado. Mas, visto hoje, ninguém se espante se achá-lo um tanto superado.
(IA)

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