São Paulo, sábado, 23 de março de 1996
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Mankiewicz faz o jogo

INÁCIO ARAUJO
DA REDAÇÃO

Todas as atenções de hoje dirigem-se em princípio à estréia da série "Os Criadores" (GNT, 22h20), cujo primeiro exemplar é dedicado ao talvez mais polêmico cineasta americano, Elia Kazan.
Mas é bom ficar de olho na reprise já programada (domingo, 12h), porque a TNT exibe às 20h o notável "Jogo Mortal", grande filme de Joseph L. Mankiewicz.
Ali, Laurence Olivier faz o escritor de livros de mistério que encontra Michael Caine, o amante de sua mulher. O filme quase nada mais é do que uma longa e polida conversação entre ambos.
Mas, de maneira quase insuspeitada, está se armando uma trama da qual o escritor é autor e o outro homem, personagem.
Poucos cineastas souberam, como Mankiewicz, ser ao mesmo tempo completamente teatrais sem por isso abdicarem em um centímetro sequer do cinema. Poucas vezes ele foi tão radical quanto aqui (em "Julio César", talvez). Mas em "Jogo Mortal" são só dois personagens, face a face, e a eficácia é assombrosa.
(IA)

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