São Paulo, terça-feira, 26 de março de 1996
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Sinal verde; Pata de boi; Realidade virtual; Miséria alheia; Mudança de rota; Falta pólvora; Primeiro round; Osso duro de roer; Sonho meu; Sem digitais; Guerra de cocos; Agora é diferente; Trapalhão da floresta; Excesso de trabalho; Mãozinha providencial

Sinal verde
Avaliação de Marco Maciel sobre a reforma da Previdência: mais importante do que a proposta aprovada na Câmara, foi a retomada da aprovação do processo de reformas, paralisado desde o ano passado. "Isso reafirma a governabilidade", diz.

Pata de boi
Os ruralistas têm exigências próprias para votar a Lei de Patentes. A principal: vincular o patenteamento de microrganismo a processo industrial único. O relator Ney Lopes (PFL-BA) abriu negociação com a bancada.

Realidade virtual
A cúpula do PMDB caiu na real anteontem. A maioria do partido não é pelo confronto com o governo, ao qual está umbilicalmente ligada por cargos e favores. A exceção continua sendo seu presidente, Paes de Andrade.

Miséria alheia
Arquiinimigo de Sarney no Maranhão, o líder do PPB, Epitácio Cafeteira, não deixou passar em branco o fracasso da convenção do PMDB. "O marimbondo deixou o PMDB moribundo".

Mudança de rota
A fracassada convenção de anteontem não inibiu Paes de Andrade. Agora, promete levar sua candidatura à presidência da Câmara direto ao plenário. Explicação simples: o apoio ao líder Michel Temer cresceu na bancada.

Falta pólvora
Começa a crescer a formação de um grupo dentro do PMDB paulista para enfrentar Quércia na disputa pelo controle do partido. Os defensores da insurreição acham, porém, que ainda é preciso acumular mais força.

Primeiro round
O grupo contrário a Quércia é formado basicamente por deputados federais. Uma prévia do confronto é a convenção de domingo, quando Alberto Goldman e João Leiva disputam a indicação à Prefeitura de São Paulo. Quércia apóia Leiva.

Osso duro de roer
A escolha de Erundina na prévia do PT acendeu uma luz vermelha no QG de Maluf. A exemplo dos tucanos, ele também achava melhor enfrentar Mercadante. Só que não abria o jogo.

Sonho meu
Aldo Rebelo (PC do B-SP) quer, mas não tem chance. O deputado formaliza amanhã sua intenção de ser vice de Erundina na chapa à Prefeitura de São Paulo. O nome, porém, será do próprio PT ou de alguém da sociedade civil, opção que ela prefere.

Sem digitais
O "Diário Oficial da União" não deve engordar nos próximos dias. Muito do fisiologismo da semana passada foi para manter nomes em cargos. O emprego de Francisco Campos, chefe do DNER no MT, foi salvo assim.

Guerra de cocos
O senador Roberto Freire (PPS-PE) propôs em reunião com 600 empresários e políticos no Recife boicote a FHC até que o Nordeste ganhe mais verbas. O tucano Tasso Jereissati teve que apagar vários focos de incêndio.

Agora é diferente
FHC esteve na Argentina quatro vezes no ano passado. Nenhuma delas como chefe de Estado. A primeira será no dia 8 de abril. Faz discurso no parlamento. Com Menem, trata da entrada do Chile no Mercosul.

Trapalhão da floresta
Não é só a Receita Federal que está no pé do senador Gilberto Miranda. Seus colegas de bancada também estão de olho nele. Até agora, Miranda só meteu o PMDB em encrencas. As maiores: Sivam e CPI dos Bancos.

Excesso de trabalho
O STF recebeu ontem uma petição inicial histórica. Com cem páginas, é um recurso de um condenado a 43 anos por três homicídios. O ministro Moreira Alves diz: "É um recorde, nunca vi nada igual em minha vida".

Mãozinha providencial
O diretor de Assuntos Estratégicos da Coca-Cola no Brasil, Paulo Corrêa, diz que apóia a intenção do governador Tasso Jereissati (PSDB-CE) em comprar a fábrica de refrigerantes do ex-banqueiro Calmon de Sá.

TIROTEIO
Do ministro do Meio Ambiente, Gustavo Krause, sobre a polêmica em torno do programa de revitalização do Proálcool, defendido pelo governo:
- Invalidar o álcool como combustível limpo por causa dos maus usineiros é o mesmo que culpar a indústria automobilística pelos acidentes de automóvel.

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