São Paulo, quarta-feira, 27 de março de 1996
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Plantio direto reduz custos

MYRIAN VIOLETA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE

O produtor Carmélio Romano Roos, 52, está experimentando a técnica do plantio direto durante a safra deste ano para tentar reduzir o custo de produção.
Além da economia, o plantio direto leva à conservação do solo, evitando a erosão.
Ele usou cem dos 900 ha que plantou no Mato Grosso do Sul para experimentar o sistema.
O trabalho começa ainda no inverno. Primeiro, é preciso descompactar o solo. Depois, planta-se uma forrageira -trigo, aveia ou milheto.
A plantação floresce e depois -com ajuda ou não de herbicida- seca, formando uma cobertura natural.
"Cada caso é diferente. O que deu certo para um produtor pode não dar para outro. Por isso, estou fazendo um teste. Além da economia no custo, estou procurando conservar a terra", diz.
A diferença em relação ao plantio convencional é que não se gasta com o serviço de arar e gradear a área a ser plantada.
Segundo o engenheiro agrônomo do Banco do Brasil, Nelson de Almeida Bessa, 50, a economia é só aparente.
"Temos um levantamento que mostra que o plantio direto é apenas R$ 4 por hectare mais barato que o convencional", diz.
Roos acredita que a economia é bem maior e espera colher 40 sacas/ha.
Segundo o Banco do Brasil, a área plantada com soja no Mato Grosso do Sul teve uma redução de 175 mil ha nesta safra.
Roos acredita que o principal fator para a redução foi a redução do financiamento.

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