São Paulo, quarta-feira, 27 de março de 1996 |
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Itália ameaça desmanchar Palmeiras
HUMBERTO SACCOMANDI
A diretoria palmeirense promete não desmanchar o time antes do final do Paulista. A prioridade, porém, é vencer a Copa do Brasil, em junho, e garantir vaga na Libertadores de 97. Depois disso, "ninguém é inegociável", segundo o gerente de futebol Sebastião Lapola. Um enviado do Napoli assiste hoje o jogo da seleção brasileira contra Gana. Seu objetivo é avaliar Rivaldo e Luizão. O dirigente veio oficialmente para acompanhar o jogador André Cruz, que atua no Napoli. O clube quer se reforçar com pelo menos um meia e um atacante estrangeiros para a próxima temporada. Os brasileiros são os sul-americanos mais bem cotados atualmente na Itália, pois não terão de disputar as eliminatórias para a Copa do Mundo. Como campeão mundial, o Brasil está classificado para a Copa da França, em 98. Outro convocado palmeirense, o meia defensivo Amaral, já está na Lazio. Pela transação, o Palmeiras vai receber cerca de R$ 4 milhões. A imprensa italiana destaca ainda que há interesse do Parma por Flávio Conceição e Rivaldo. O Parma, que pertence à Parmalat, patrocinadora e co-gestora do futebol no Palmeiras, tem prioridade para a compra de jogadores da equipe paulista. No final de 95, a Parmalat bloqueou a venda de Rivaldo ao Japão, alegando interesse pelo jogador. As próximas negociações envolvendo jogadores do Palmeiras devem ser retardadas, no entanto, até a definição das reformas no Parma. Após o novo fracasso no Campeonato Italiano (está em 5º lugar, 13 pontos atrás do líder Milan) e na Recopa européia (perdeu a vaga na semifinal para os franceses do Paris Saint-Germain), a equipe deve passar por uma reestruturação. O primeiro a cair, segundo jornais italianos, é o técnico Nevio Scala. Um nome cotado para substituí-lo é Fabio Capello, do Milan. Antes dessa troca, dificilmente o Palmeiras cederá a novas ofertas. Outro problema para manter a equipe atual é a situação de Muller. O atacante está emprestado ao Palmeiras até junho. Seu passe pertence ao Kashiwa Reysol, do Japão. Como Muller voltou a se destacar, o clube japonês pode dificultar um novo empréstimo ou ainda negociar o jogador com outro clube. Texto Anterior: Rivaldo vira uma 'exceção' Índice |
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