São Paulo, sexta-feira, 29 de março de 1996
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Construção civil critica limites

CRISTIANE PERINI LUCCHESI
DA REPORTAGEM LOCAL

O projeto do ministro do Trabalho, Paulo Paiva, é "muito insuficiente" para gerar empregos na construção civil, no entender de Eduardo Capobianco, presidente do Sinduscon (construtoras).
Segundo ele, é da natureza do setor prestar serviços temporários e a limitação de 20% do total de pessoal da uma empresa que pode ser admitido por intermédio do novo contrato é um empecilho.
Capobianco criticou, ainda, a limitação no número de horas extras em 120 por ano, no máximo.
Sindicalistas
Os quatro sindicalistas ouvidos pela Folha criticaram as mudanças no FGTS previstas no projeto.
"Achamos que o FGTS deve voltar a financiar a construção da casa própria e não ter sua alíquota de contribuição reduzida de 8% para 2%, como propôs o ministro para os contratos temporários", disse o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo (Força Sindical), Paulo Pereira da Silva, defendeu o projeto, mas disse que as mudanças no FGTS prejudicam categorias com sindicatos fracos.
O presidente da Confederação dos Metalúrgicos da CUT, Heiguiberto Guiba Navarro, considerou positiva a limitação nas horas extras. Já o presidente da Força Sindical, Luiz Antônio de Medeiros, sugeriu que o governo baixe uma medida provisória para testar se sua proposta realmente gera emprego.

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