São Paulo, sábado, 30 de março de 1996
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British Telecom e C&W armam fusão

IGOR GIELOW
DE LONDRES

Uma superfusão de US$ 50 bilhões agitou ontem o mercado britânico de telecomunicações.
A BT (sigla da British Telecom, ex-Telebrás do Reino Unido que foi privatizada) reabriu a negociação para a compra da C&W (Cable & Wireless), sua maior rival.
Dona da Mercury Communications, segunda colocada no ranking de telefonia britânico, a C&W tem valor de aproximadamente US$ 17 bilhões.
Se firmado o acordo, a nova BT será uma das maiores companhias de telecomunicação do mundo e a fusão, a maior da história no Reino Unido -superando a realizada no ano passado entre as empresas farmacêuticas Glaxo e Wellcome, que somou US$ 14 bilhões.
Objetivos e problemas
O principal interesse da BT é aumentar o poderio da empresa no eixo Ásia-Pacífico, o mercado mais promissor para o fim do século.
A C&W é dona de 57,5% da Hong Kong Telecom, uma das principais empresas da região.
O maior problema para que a fusão seja concretizada é a legislação britânica.
A BT já domina cerca de 90% do mercado interno e teve lucro total de US$ 2,6 bilhões no ano passado.
Mas, segundo regras de um comitê com funções de regular o mercado, não poderia abocanhar todo o mercado de uma só vez absorvendo a Mercury.
Engenharia
Assim, terá que ser feita uma engenharia financeira que permita a fusão mas que venda a Mercury para algum terceiro interessado.
Outro problema a ser resolvido é, uma vez que a Mercury tem que ser vendida, como evitar perdas substanciais na própria C&W, que tem na empresa seu carro-chefe.
Segundo a assessoria de imprensa da C&W informou, a retomada das negociações é real e positiva, mas ainda não há previsões de quando será efetuada a fusão.

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