São Paulo, segunda-feira, 1 de abril de 1996
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Cesaréia é a versão benéfica de Massada

ARTHUR NESTROVSKI
DO ENVIADO ESPECIAL

A meio caminho entre Tel Aviv e Haifa fica essa cidade da época dos cruzados, sobre um sítio romano.
Capital da Judéia nos primeiros anos da era cristã, mais tarde um centro cultural do Império Bizantino, Cesaréia foi tomada pelos cruzados em 1101. Os mamelucos a conquistaram 150 anos mais tarde, e a cidade caiu no esquecimento.
Restaurada, a cidadela romana é uma versão benéfica de Massada. Um aqueduto, ao longo do mar, trazia água desde as fontes do Líbano. O anfiteatro romano, para 5.000 pessoas, ainda é utilizado para espetáculos de teatro e ópera.
No jardim de entrada das fortificações dos cruzados, há uma série de estátuas sem cabeça: os turcos passaram por ali. De outro gigante de pedra, restou só o pé.
Entre 1945 e 1948, Cesaréia foi um dos pontos de entrada para judeus impedidos de ingressar no país pelos ingleses.
Membros de um kibutz das redondezas carregavam nos ombros, até a praia, os imigrantes trazidos à noite, em barcos clandestinos.
Hoje em dia, além das ruínas, Cesaréia tem um grande museu de arte latino-americana, no centro de um bairro de casas abastadas, em meio à aparente tranquilidade de um balneário qualquer, num país como os outros.
(AN)

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