São Paulo, terça-feira, 2 de abril de 1996 |
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Técnica diagnostica tumores no útero sem necessidade de biópsia
FERNANDO ROSSETTI
O novo procedimento para diagnosticar a probabilidade de as mulheres terem alguma hiperplasia endometrial -ou seja, as lesões que precedem o câncer do endométrio- foi desenvolvido no doutorado do ginecologista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo César Eduardo Fernandes, 45. Em geral, se usa uma de duas técnicas para se definir se a mulher corre o risco de ter alguma dessas lesões -e, portanto, ter de se submeter a uma biópsia para conferir a suspeita. O primeiro é chamado teste do progestogênio. Consiste em dar um medicamento com esse nome à mulher na menopausa. Se ela tiver sangramento, ela deve se submeter a um teste mais invasivo. O segundo exame é a ultra-sonografia transvaginal, que mede a espessura do endométrio -o corpo do útero. Se esta for superior a 5 mm, também se aconselha a mulher a fazer um exame do tipo biópsia -a retirada de uma amostra do tecido para análise. Fernandes primeiro deu o progestogênio para cerca de 200 mulheres. 42 tiveram sangramento. Depois foi feito o ultra-som. Para checar se essas mulheres tinham realmente alguma lesão foi feito o teste invasivo em todas. O resultado foi que todas as 11 mulheres que tinham tumores tiveram o sangramento com o progestogênio e também espessura do endométrio maior que 5 mm. Não apresentavam qualquer problema todas 15 as mulheres que, embora tivessem apresentado sangramento com o progestogênio, tinham endométrio com espessura inferior a 5 mm. "Essas mulheres, eu vou poder mandar para casa com segurança, sem ter que submetê-las a um teste mais invasivo", diz Fernandes. A conclusão é que após o uso do progestogênio, com reação de sangramento, só é necessário fazer testes mais invasivos nas mulheres que têm espessura do endométrio superior a 5 mm. (FR) Texto Anterior: Distribuição da FAE chega a 98% do total Índice |
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