São Paulo, terça-feira, 2 de abril de 1996 |
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Com 'estilo', Barrichello admite erro Piloto rebate críticas MAURO TAGLIAFERRI
"As críticas são fúteis. Rodar faz parte do esquema. Até o chefe, o Ayrton, fazia isso", disse, citando o tricampeão Ayrton Senna. "Se tomei um banho, foi do freio do meu carro", afirmou, se referindo a Michael Schumacher. As afirmações foram feitas em um kartódromo em São Paulo. Também estavam presentes Pedro Paulo Diniz e Ricardo Rosset, outros dois brasileiros da categoria. "Reconheço que a rodada é parte de um erro. Se é somada a problema de freio, tudo bem. Mas é um erro. Só que teve o show. E o público entendeu isso." "Ouvi o Piquet no rádio. Se ele acha que eu sou barbeiro, tudo bem. Mas não vou mudar de estilo por causa disso", afirmou, referindo-se às críticas feita por outro tricampeão, Nelson Piquet. Barrichello negou que tenha ido além de sua capacidade. "Dizer que eu queria demais é o fim. Tinha carro para isso. Não foi porque estava no Brasil que parti para cima do Schumacher. Faria o mesmo em qualquer lugar." Festas Após a prova de anteontem, Barrichello jantou, com membros de sua equipe, em uma churrascaria. Segundo o piloto, Eddie Jordan, dono da equipe, subiu na mesa e parabenizou o brasileiro pela "serenidade" apresentada na prova. Teria dito, também, que fora a melhor corrida do piloto na F-1. Depois, foi a um bar na zona sul de São Paulo. Rosset, Diniz e David Coulthard também foram. Contusão Com problemas no joelho esquerdo, Barrichello passou ontem por exames. Fez ressonância magnética para confirmar se tem uma tendinite na região. O piloto, que diz sentir dores há um mês, não corre risco de ficar fora do GP da Argentina, neste domingo, em Buenos Aires. Ao contrário, vê boas chances para a Jordan na terceira etapa do Mundial desta temporada. "O Jordan reage melhor em pista com mais aderência. Se o circuito estiver bom, temos chance", disse. Diniz Pedro Paulo Diniz afirmou ontem que seu contrato com a Ligier tem uma cláusula "bilateral de performance". Segundo o piloto, oitavo no GP Brasil de F-1, isso significa que se o nível técnico da equipe cair ele poderá rescindir o contrato. "O mesmo acontece com eles. Se não estiverem satisfeitos comigo, também podem me tirar", declarou. "De qualquer forma, não é minha intenção nem a deles". Ricardo Rosset, da Arrows, equipe que Tom Walkinshaw comprou depois de anunciar a venda da Ligier, louvou o negócio. "Eles já estão falando que vai chegar mais dinheiro para testes", disse. Texto Anterior: São Paulo pega Inter-RS, mas já pensa no segundo semestre Próximo Texto: Rio, agora, propõe GP em caráter experimental Índice |
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