Folha de S.Paulo - Sem chance; Fim de batalha; Beleza cansada; Ah, bom; Enrolou legal; Palanque eleitoral; Programa de vice; O Planalto treme; Sinal de fumaça; Peso leve; Rei morto; Sinal de alerta; Curto-circuito; Efeito CPI; Boa pontaria; Ver para crer;

São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996

Sem chance; Fim de batalha; Beleza cansada; Ah, bom; Enrolou legal; Palanque eleitoral; Programa de vice; O Planalto treme; Sinal de fumaça; Peso leve; Rei morto; Sinal de alerta; Curto-circuito; Efeito CPI; Boa pontaria; Ver para crer;

DE DELFIM NETTO (PPB-SP), SOBRE A ESTABILIDADE ECONÔMICA:

Sem chance
Advogados do Ministério da Justiça que tiveram acesso aos 165 pedidos de anulações de demarcações indígenas dizem que nenhum deles tem condições de êxito. O prazo para esse tipo de recurso vai até segunda-feira.

Fim de batalha
As anulações de demarcações indígenas não devem prosperar por três motivos: pedidos jurídicos malfeitos, repercussão internacional negativa e oportunidade para fechar a porta a futuras contestações na Justiça.

Beleza cansada
FHC mostrou impaciência na videoconferência com seu colega argentino, Carlos Menem, anteontem. Gesticulava muito e batia na mesa quando a câmera não o mostrava. Os dois devem repetir a dose mensalmente.

Ah, bom
FHC disse anteontem a jornalistas argentinos que nunca falou ou orientou alguém sobre sua reeleição. O problema é que as pessoas deixam o Planalto e falam como se tivessem tratado do assunto com ele. Está explicado.

Enrolou legal
FHC se desfez em mesuras com os argentinos. Chamou a Argentina de irmã e o Chile, futuro parceiro no Mercosul, de primo. Na disputa pela cadeira no Conselho de Segurança da ONU, disse que é mais Argentina.

Palanque eleitoral
Segundo FHC, a CPI dos bancos que a oposição tentou instalar no Senado foi uma tentativa de revanche eleitoral de quem perdeu o pleito. "Não nasci ontem", disse aos argentinos.

Programa de vice
FHC vai para a Argentina domingo à noite. Maciel assume pelo telefone a 18ª interinidade e, na quarta, inaugura em São Bernardo (SP) uma nova unidade da Ford, que vai fabricar o Fiesta.

O Planalto treme
Aldo Rebelo (PC do B) bateu literalmente às portas da Justiça Federal. Entregou na casa da juíza Ilda Maria Carneiro mandado de segurança pedindo a suspensão da propaganda das reformas. Por intimidar o Congresso.

Sinal de fumaça
Desesperados para achar um candidato à prefeitura paulistana, quatro caciques tucanos passam a Semana Santa em São Paulo. FHC, Covas, Serjão e Serra bem que podem aproveitar para ter uma conversa definitiva.

Peso leve
A cúpula tucana está desolada com os nomes para concorrer na eleição paulistana. Até Serra é julgado inadequado para a disputa contra Rossi e Erundina. No PSDB, há quem duvide da viabilidade eleitoral do ministro.

Rei morto
O deputado Alberto Goldman está convencido de que Quércia é um dos perdedores da prévia para a escolha do candidato do PMDB a prefeito de São Paulo. "Isso prova que não existe mais absolutismo dentro do partido."

Sinal de alerta
Políticos que apostam no êxito de Francisco Rossi (PDT) na disputa pela prefeitura paulistana estão preocupados. Para eles, há sinais de que a candidatura perde terreno para Erundina (PT).

Curto-circuito
Não vai nada bem a negociação de PSB e PC do B com os petistas sobre a quantidade de vagas na chapa de candidatos a vereador na eleição em São Paulo.

Efeito CPI
Um argumento foi suficiente para Olavo Setúbal recusar o convite de FHC e Marco Maciel a entrar na disputa pela Prefeitura de São Paulo. O de que a maré não está boa para banqueiros.

Boa pontaria
Partiu de Maria Helena, mulher de José Gregori, a sugestão para que o advogado Luís Francisco Carvalho Filho fosse convidado para a Comissão dos Desaparecidos Políticos. FHC e Nelson Jobim aceitaram no ato.

Ver para crer
Covas assina na terça-feira um acordo com a Câmara Paulista do Setor Sucroalcooleiro para erradicar o trabalho infantil. A Fundação Abrinq articulou o plano. É a primeira iniciativa do gênero em um setor que abusa da força de trabalho infantil.

TIROTEIO
- Deve ter sido o Cavallo quem fez o Plano Real. Com a nossa moeda supervalorizada, o Brasil comprou tudo da Argentina. Os argentinos puderam exportar mais, mesmo com a moeda deles também valorizada e com o câmbio fixo.

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