São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996 |
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Jogador sonhava em ser engenheiro eletrônico Folha - Como foi sua infância? Oscar Schmidt - Nasci em Natal, onde vivi 12 anos. Era um moleque feliz, que brincava na rua e jogava futebol descalço. Tive a infância que todo pai deseja para um filho. Folha - Antes de ser jogador, que profissão você pensava em seguir? Oscar - Queria ser engenheiro eletrônico. Meu sonho era esse. Comecei a jogar basquete aos 13 anos e gostei muito. Meu pai me deu força para eu vir jogar em São Paulo e me tornar um jogador importante. Só quando descuidei um pouco dos estudos é que ele pegou no meu pé. Folha - E se o seu filho quiser ser jogador de basquete? Oscar - Tudo bem. Teria o maior orgulho. Meu pai se preocupava muito com o meu futuro. Como consegui vencer na vida como jogador de basquete, ele ficou orgulhoso. Vou fazer a mesma coisa com meu filho. Folha - Entre os recordes de sua carreira, quais são os mais importantes para você? Oscar - Em clubes, foi o título mundial de clubes com o time do Sírio. Na seleção brasileira, a vitória no Pan-americano de 87. Fora do esporte, foi o prêmio Nelson Mandela, com a medalha da presidência da Itália, por uma campanha que participei contra o racismo. Folha - Você acha que o recorde de participação em Olimpíadas é uma recompensa pelos seus 20 anos de seleção brasileira? Oscar - Será a maior recompensa! Me sinto superorgulhoso e feliz de ter essa oportunidade. A maioria sonha em disputar uma Olimpíada e eu poderei chegar a cinco, me sinto realizado. Folha - O que você diria às crianças? Oscar - Pratiquem esporte! No esporte você faz boas amizades, fica longe de problemas e pode fazer o que gosta. Se um dia você conseguir que paguem por isso, você será a pessoa mais feliz do mundo. Se algo que faz você se divertir vira sua profissão, não há realização pessoal melhor do que essa. Texto Anterior: O "rei" do basquete brasileiro Próximo Texto: Veja as novidades para 1996 Índice |
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