São Paulo, sexta-feira, 5 de abril de 1996 |
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Diretora se baseou em fatos reais
PATRICIA DECIA
O filme, tem Lili Taylor como Valerie, Jared Harris no papel de Warhol e Stephen Dorff interpretando a drag queen Candy Darling. "Valerie estava esquecida, não havia nada escrito sobre ela. Eu tentei redescobrí-la e contar sua história", disse Harron à Folha. Segundo ela, a escolha do personagem trouxe resistências de ex-integrantes da Factory ao filme. "Adoro o Scum (Society for Cutting Up Men) Manifesto. Obviamente, a mensagem de matar os homens é loucura, mas sua análise do poder entre homens e mulheres é muito reveladora. Mesmo assim o filme não é ideológico", afirmou. Ex-jornalista da cena punk de Nova York, graduada em inglês pela Universidade de Oxford, Harron considera o interesse atual sobre Andy Warhol como um fenômeno de "fim de século". "Ele foi uma das figuras mais importantes dos últimos 50 anos e viveu no principal momento de definição, que foram os anos 60. Essa volta a esses valores acontece porque estamos numa década de declínio da cultura", disse. Para retratar a lendária Factory e seus integrantes, Harron fez um trabalho intenso de pesquisa. Segundo ela, entre 80% e 90% do filme é baseado na realidade. Seu próximo filme será sobre a pin-up Betty Page, que viveu nos anos 50: 'Ela é uma personagem perdida, que eu gostaria de recuperar'. Texto Anterior: Mostras e filmes celebram a vida do artista Andy Warhol Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
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