São Paulo, quarta-feira, 10 de abril de 1996
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Jogo duro; Cara ou coroa; Jogo duplo; Bandeira gay; Visão governista; Ofensiva liberal; Guerrilha parlamentar; Alça de mira; Sinal de fumaça; Tucano selvagem; Telelágrimas; Futuro político; Trabalho escravo; Balão de ensaio; Visita à Folha

Jogo duro
Os governistas na Câmara começam a definir hoje o texto do projeto para limitar a quantia de DVS (destaque de votação em separado). Querem que a nova regra valha para futuras votações. A Previdência escapou por pouco. Seria casuísmo demais.

Cara ou coroa
Há duas alternativas com a presidência da Câmara para limitar os DVSs. Uma é a proporcionalidade das bancadas. A outra é o modelo do Senado: o plenário decide no voto se aceita ou não a admissibilidade.

Jogo duplo
Relator da reforma administrativa, Moreira Franco (PMDB-RJ) diz que "os líderes temem enfrentar a quebra da estabilidade em um ano eleitoral". Afirma que cumpriu seus prazos e que a bola não está com ele.

Bandeira gay
Foi criada ontem na Câmara a Comissão Especial para União Civil entre as Pessoas do Mesmo Sexo, a fim de analisar o projeto de Marta Suplicy (PT-SP). O relator será o ex-collorido Roberto Jefferson (PTB-RJ).

Visão governista
O secretário de Acompanhamento Econômico, Vellozo Lucas, atribui os aumentos abusivos da gasolina "à doença da falta de mercado". Não crê em efeito cascata, mas teme reajustes em "setores de mente atrasada".

Ofensiva liberal
Concluída a reforma da Previdência, o presidente da Câmara, Luis Eduardo Magalhães (PFL-BA) apressará a regulamentação dos setores que tiveram o monopólio quebrado. Deve criar comissões especiais.

Guerrilha parlamentar
Luís Eduardo Magalhães está irritado com a oposição. Já há quase 100 DVSs à Lei de Patentes. Avalia que a tática de obstrução está passando dos limites.

Alça de mira
Uma nova CPI está engatilhada no Câmara. Para investigar as transportadores de combustíveis. Elas recebem R$ 300 milhões anuais de subsídio. "Em troca de notas frias", diz o deputado Eraldo Trindade (PPB-AP), autor do requerimento.

Sinal de fumaça
O ministro Raimundo Brito (Minas e Energia) suspendeu o pagamento de algumas transportadoras, mas elas recorreram à Justiça. De acordo com Eraldo Trindade, orientadas por técnicos do Departamento Nacional de Combustíveis.

Tucano selvagem
Mário Covas ordenou que a bancada de São Paulo não aceite favores de Gilberto Miranda (PMDB-AM) para a votação do acordo do Banespa. Não quer dever nada a ele. Mas o relator deve ser Pedro Piva (PSDB-SP).

Telelágrimas
Quércia fez chegar a Aristodemo Pinotti um apelo emocional para ele não apoiar Goldman na prévia do PMDB para a prefeitura paulistana. Diz que a derrota do candidato quercista vai representar o fim do quercismo.

Futuro político
Aloízio Mercadante diz que tende a dizer não aos que defendem que ele saia candidato a vereador pelo PT em São Paulo. "Acho que não seria ético concorrer com vereadores que me apoiaram minha pré-candidatura". Mas isso não é definitivo.

Trabalho escravo
Até ontem 1.020 contestações de áreas indígenas tinham dado entrada na Funai. Como há apenas 60 dias para analisar os recursos, isso significa que o órgão terá que dar nada menos do que 17 pareceres por dia.

Balão de ensaio
Para o PSDB paulista, Romeu Tuma perde tempo ao achar que o partido pode apoiar uma eventual candidatura dele a prefeito de São Paulo. Segundo os tucanos, Tuma quer apenas manter seu nome no noticiário político.

Visita à Folha
O presidente da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial), Ruy Martins Altenfelder Silva, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado do secretário-executivo da Aberje, Paulo Nassar.

TIROTEIO
Do deputado federal Valdemar Costa Neto (PL-S), sobre a declaração de FHC, durante visita à Argentina, ameaçando prender banqueiros:
- FHC fez uma bravata parecida com as de Collor, dizendo que vai mandar pessoas para cadeia sem poder fazê-lo. Ele não tem poder para tal. Isso é função do Judiciário.

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