São Paulo, quarta-feira, 10 de abril de 1996
Próximo Texto | Índice

Grão em alta ajuda produtor do país

DA REDAÇÃO

Os consecutivos recordes nas cotações internacionais de grãos registrados esta semana estão animando os produtores brasileiros. Quem ainda dispõe de produto livre para comercialização está conseguindo bons preços.
Segundo o diretor econômico da Ocepar (Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), Nelson Costa citou o exemplo do milho. Os produtores conseguem hoje até R$ 8 por saca (60 kg) contra R$ 7 em 94 (aumento de 14%).
Proteína animal
O diretor da Ocepar lembra, no entanto, que o avanço nos preços dos grãos preocupa os produtores de proteína animal.
Os criadores de aves, suínos ou produtores de leite querem que as cotações caiam o mais rápido possível. O problema é que os grãos pesam muito na composição dos custos de produção de proteína animal. Os produtos são utilizados como alimento para os animais. Quanto mais altos os preços maiores os custos, diz Costa.
Os preços do trigo e do milho deverão continuar subindo pelo menos até a segunda semana de março, segundo analistas.
Segundo Darryl Good, 49, analista de economia agrícola e professor da Universidade de Illinois, o principal motivo da alta é o inverno rigoroso que atingiu o meio-oeste norte-americano.
Safra
A quebra da safra agrícola ocorrida no Brasil em 96 e o aumento dos preços internacionais não terão, diz o governo, qualquer impacto sobre a balança comercial.
Esta é a conclusão de estudo do Ministério da Fazenda. "Haverá um crescimento das importações de alimentos por causa da safra menor, mas que será compensado pelo aumento das exportações", disse Evandro Fazendeiro de Miranda, do Ministério da Fazenda.

LEIA MAIS sobre agricultura na página 2-4

Próximo Texto: Produtor ganha com grãos em alta
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.