São Paulo, quarta-feira, 10 de abril de 1996 |
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Van Eyck chega da Holanda para homenagear Lina Bo Bardi Holandês volta ao Brasil para gravar um documentário KATIA CANTON
Van Eyck é considerado o maior arquiteto da Holanda. Para explicar os fundamentos de sua obra, ele fará uma palestra aberta, no auditório do Masp, hoje, às 19h. Defensor da arquitetura como instrumento social, Aldo van Eyck extrapola questões sobre edificação. Aos 78 anos, ele se mostra um lúcido pensador da história, da antropologia e da arte. Leia a seguir trechos da entrevista concedida à Folha. Folha - Como foi sua primeira visita ao Brasil? Aldo Van Eyck - Foi uma sequência de choques elétricos. O primeiro veio com o Masp. Nunca tinha ouvido falar naquilo. E, de repente, me levaram para conhecer aquele edifício incomum, com um vão de 80 metros. Achei simplesmente genial e desejei conhecer o criador daquele projeto. Folha - Lina Bo Bardi... Van Eyck - Meu encontro com ela foi tão surpreendente quanto com sua obra. Aliás, eu nunca vi ninguém que se parecesse tanto com sua obra quanto ela. Lina tinha a mesma ousadia, a mesma economia e, ao mesmo tempo, força de traços que tem seu trabalho. Folha - Além do Masp o sr. conheceu algum outro projeto de Lina Bo Bardi? Van Eyck - Acabo de conhecer o Sesc Pompéia. A relação do trabalho dela com o meu é incrível. Ela brigou para manter a fábrica. A idéia foi apenas transformá-la num presente para as pessoas. O edifício é grande, imponente, mas não é jamais frio ou opressor. Folha - Como será sua palestra hoje no Masp? Van Eyck - A primeira parte será uma homenagem a Lina Bo Bardi. Na segunda, mostrarei meus trabalhos. No final, haverá uma surpresa -mostrarei um slide especialíssimo e desconhecido a respeito de Lina... Texto Anterior: Mullova mostra história das sonatas Índice |
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