São Paulo, quarta-feira, 10 de abril de 1996 |
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Seul pede que tropas usem regras bélicas Coréias mantêm ameaças DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS O comandante do Exército da Coréia do Sul ordenou ontem que suas tropas usem "regras de guerra" se soldados norte-coreanos entrarem em território do país.O governo norte-coreano, por sua vez, disse que está pronto para "esmagar os inimigos com uma só tacada". Desde sexta-feira passada, as tropas de Pyongyang (Norte) realizaram três incursões ilegais sucessivas na zona desmilitarizada que separa os dois países. "Se o inimigo der um passo sequer além da linha de demarcação militar, regras de guerra devem ser imediatamente aplicadas", disse um porta-voz do Exército, citando as ordens do general Yoon Yong-nam. Segundo a determinação, as tropas sul-coreanas devem dar primeiro tiros de advertência e depois disparar contra os intrusos. O jornal "Rodong Sinmun", da Coréia do Norte, disse que o país esta "à beira da guerra", e que "a questão não é se a guerra vai estourar, mas quando vai estourar". Repórteres estrangeiros levados à zona desmilitarizada pelas tropas norte-americanas da ONU afirmaram que não havia sinal de tensão incomum no local. Militares norte-americanos afirmam que as manobras realizadas pela Coréia do Norte, com contingente e armas proibidas pelo tratado que encerrou a guerra da Coréia (1950-53), são uma ameaça real. Apesar da calma, o governo de Seul proibiu ontem que cidadãos do país visitem o vilarejo de Panmunjom, local da assinatura do tratado de paz e ponto onde ocorreram as incursões do norte. A maioria dos analistas acredita que as incursões sejam uma forma de pressionar Washington para negociar um tratado de paz bilateral que substituiria o armistício. A Coréia do Sul elege amanhã um novo Parlamento. Apesar do aumento de popularidade causado pela confrontação com o norte, um representante do Partido Nova Coréia, do governo, acredita que não vai obter o número necessário de deputados para governar sozinho. Texto Anterior: Reino Unido anuncia que reconhece a Iugoslávia Próximo Texto: EUA começam a acompanhar doença Índice |
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