São Paulo, quinta-feira, 11 de abril de 1996
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Amor eterno; Sonho presidencial; Agora vai; Troca de chumbo; Pedra no sapato; Tempo fechado; O desconfiado; Maracujina nele; Precaução estratégica; Só barulho; A conta da piedade; Mapa da mina; Amargo retorno; Ex-bons companheiros; Vara curta

Amor eterno
FHC fez ontem uma jura de amor ao PFL. Em reunião com Jorge Bornhausen, assumiu compromisso de que a reeleição aprovada neste ano não significará a diminuição do poder do aliado a partir do ano que vem.

Sonho presidencial
O presidente quer a reeleição-já para se ver livre do quórum de três quintos (308 votos na Câmara) a partir de 97. Aprovada a reeleição e as reformas neste ano, governaria com base de apoio menor e mais barata.

Agora vai
Deputados faziam ontem o seguinte comentário: "FHC escolheu bem o cabo eleitoral da reeleição. Quantos votos o Carlos Menem tem no Congresso brasileiro?". E o pior é que a ironia partiu da base governista.

Troca de chumbo
Em resposta ao TCU, o BNDES se diz satisfeito com os consultores que avaliaram a malha oeste da RFFSA. Para o banco, apenas seis das 180 páginas foram copiadas para "aproveitamento de informações técnicas".

Pedra no sapato
Na conversa com FHC, amanhã, no Rio, Itamar vai se queixar do que mais o contraria: as referências do presidente a problemas que diz ter herdado de governos anteriores. Lembra a auxiliares que FHC foi figura central na gestão dele.

Tempo fechado
A má-vontade do Senado com o Banespa tem dois motivos. Temor de que seja uma "caixa-preta" com rombo maior do que o conhecido. Puro ciúme de outros Estados, que mendigam dinheiro em Brasília.

O desconfiado
O senador Esperidião Amin (PPB-SC) diz que, hoje, vota contra o acordo do Banespa: "Desconfio que São Paulo não tem como pagar o Tesouro. O Estado não tem poupança".

Maracujina nele
Senadores acham que Covas não tem razão para estar contrariado com a Casa por causa do Banespa. Dizem que, se o Banco Central enrolou o governador por meses, não é culpa deles. Recomendam calma ao tucano.

Precaução estratégica
O PFL mostrou ontem a carta que tem na manga para abafar a discussão da reeleição em 96: a Constituição. O artigo 16 diz que mudanças nas regras eleitorais só valem de um ano para o outro. Joga água nos planos de FHC e exclui os atuais prefeitos.

Só barulho
Já houve o tão esperado encontro entre os engenheiros Paulo Maluf e Sérgio Motta. Os dois andaram examinando seus cronogramas de reeleição. Mas não concordaram em nada.

A conta da piedade
Ney Suassuna (PMDB-PB) deu ontem R$ 100 para um certo Waldemar enterrar a mãe. Só depois prestou atenção na causa da morte descrita no atestado de óbito da senhora, deixado pelo pedinte: neoplastia de próstata.

Mapa da mina
O serviço de inteligência da Receita Federal desconfia que o dinheiro do esquema Collor-PC começa a aparecer. Investimentos no Paraná e em Alagoas estão sendo investigados pelos agentes de Everardo Maciel.

Amargo retorno
Em Maceió, surgiram outdoors roxos com a seguinte inscrição, em preto: "Fenômeno não foi a eleição, fenômeno será a vollta". É aguardada a chegada de Fernando Collor de Mello na capital de Alagoas.

Ex-bons companheiros
É cada vez mais ácido o tom das críticas de Alberto Goldman a Quércia, de quem era grande amigo. "Quércia tem dificuldades de tratar com pessoas que pensam. Principalmente se pensam diferente dele".

Vara curta
Sérgio Motta entrou com um novo processo na Justiça contra Valdemar Costa Neto (PL-SP). No último programa do PL, o deputado chamou o ministro de "ladrão". Ilustrou a fala com uma foto de Serjão. "Procurado", dizia a legenda.

TIROTEIO
De José Aníbal (SP), líder do PSDB, sobre os cartazes que sindicatos e partidos de oposição distribuem nos Estados classificando de traidores os que votaram a favor da reforma da Previdência:
- As campanhas do governo são de esclarecimento. As da oposição apelam para métodos fascistas e mentirosos.

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